A família da estudante de enfermagem da Unirg, Loyane Morena Vieira, atropelada e morta na última quarta-feira, 13, na Avenida LO-03, vai realizar uma manifestação nesta semana contra a violência no trânsito da Capital.
De acordo com a tia da vítima, Mirian Vieira, o objetivo é chamar atenção para o descaso nos problemas relacionados ao trânsito e pedir justiça. “Vamos sair da rotatória do Bradesco, próximo ao Palácio Araguaia, e caminhar até o Colégio São Francisco. Pedimos para a comunidade colocar camisetas brancas e participar do movimento que quer chamar atenção para o descaso com o qual esse tipo de acontecimento vem sendo tratado”, declarou Mirian.
Revolta
De acordo com as informações passadas por Érica Vieira, cunhada de Loyane, a família está revolta com o tratamento dispensado pelo motorista da BMW Z4, Thiago Fraga, que é irmão do piloto Felipe Fraga. “Segundo o que as testemunhas informaram ele se manteve sempre tranquilo como se tivesse atropelado um cachorro, por exemplo. Além, disso até o momento ninguém nos procurou ao menos para saber se precisamos de algo”, contou.
Segundo informações da família, a jovem ia para aula quando foi atropelada enquanto atravessava a avenida entre as quadras 208 e 108 Sul. “Ela já estava chegando ao outro lado quando foi atropelada. Ela não estava na faixa de pedestres, mas ma avenida tem uma placa onde deixa claro que a velocidade é de 40 km/h”, contou a tia da jovem.
Na hora do acidente
Falando sobre o ocorrido, Mirian contou que a mãe da jovem estava chegando em casa quando percebeu o acidente. “Ela tava chegando quando percebeu que tinha acontecido algo. Daí ela pegou o carro, deu a volta e ao chegar na avenida percebeu pela tatuagem que era a Loyane. Ela ficou desesperada e logo ligou pro seu esposo. Eles foram os primeiros a chegar ao local, seguidos por mim. Todos comentavam que o motorista estava em alta velocidade”, contou.
Socorro
Ainda de acordo com as declarações da tia, os pais da jovem ainda tentaram reanimá-la. “O pai dela fez respiração boca a boca, tentamos massagem cardíaca, mas foi inútil. Ela já estava morta, quebrou o pescoço, o braço em cinco lugares, os dedos, as pernas, a cintura, a cabeça. A pancada foi muito forte”, contou.
O motorista
De acordo com a família, Thiago Fraga não prestou socorro. “Se um policial que estava no local não tivesse dado voz de prisão ele teria saído. Além disso, disseram que ela estava falando ao celular, se ele percebeu que ela tava usando o telefone porque não percebeu que era o momento de colocar o pé no freio, porque não buzinou, não chamou atenção de alguma forma? ”, questionou.
Loyane Morena Vieira estava se preparando para prestar vestibular para Medicina, tinha dois irmãos e completou 22 anos no mês passado.
Sem intenção de matar
Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública, por ter se apresentado a polícia, ter prestado socorro e o caso se tratar de um acidente, Thiago Fraga vai ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ainda segundo as informações, a Delegacia de Repressão a Crimes no Trânsito aguarda o resultado da perícia para finalizar o inquérito. O Site Roberta Tum tentou ouvir Thiago sobre o caso, mas não obteve sucesso.
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