Ferve o caldeirão da discórdia em Palmas: sobre panfletos, apoios, DM’s e afins

Queridos, hoje o dia está tenso na campanha eleitoral em Palmas. Tem panfletos apreendidos na PF. Tem artigo em blog nacional criticando Amastha. Tem suposto apoio de Raul circulando na rede. É mole? Mas tem mais...

O caldeirão da disputa eleitoral em Palmas está fervendo. No interior também, com polêmicas por onde o governador Siqueira Campos está passando para pedir apoio aos seus aliados. Muitas vezes contra candidatos de aliados. Mas isso é tema para outro artigo. Com direito a vídeo do Youtube e tudo.

Voltando à Palmas, hoje o dia promete.

Logo cedo, antes das 7hs da manhã, Reinaldo Azevedo -  o Pitbull da Veja, como gostam de lhe chamar os petistas – disparou sua metralhadora giratória contra Carlos Amastha. Revirou o caso Eadcon, exaustivamente explorado na TV pela campanha do 43, explanou sobre as ligações do empresário e a ministra da Casa Civil, Ideli Salvatti.

Apontou que os métodos do candidato que lidera as principais pesquisas de intenção de voto são duvidosos. E de quebra chamou “setores da imprensa” do Tocantins de “burros”. Falou sua Santidade, o blogueiro, do alto de sua suprema sabedoria para desqualificar a tese de que o apoio a Amstha nasce da insatisfação dos eleitores palmenses com os grupos tradicionais da politica local. Que ele conhece por certo de ouvir falar, mas que classifica de “elite política” do Tocantins. Não tenho paciência.

O artigo corre por aí, bombando nas redes sociais, mas foi ofuscado logo no começo do dia por outro acontecimento: a detenção pela PF de um grupo de jovens panfletando nas ruas uma cópia de um BO lá dos tempos do AMA, em que alguns trabalhadores reclamavam de ter que cumprir horário no sol. E acusavam Marcelo Lélis de se dirigir a eles de forma ofensiva.

Divulgados como apócrifos nos últimos dias  - devido ao fato de que muitos deles não continham identificação de quem estava bancando as reproduções – os panfletos apreendidos pela PF traziam o CNPJ da Coligação de Amastha. Esta foi a defesa apresentada pelo perfil “Atitude Amastha” nas redes: “o panfleto não é apócrifo” ou “tratam-se de fatos públicos, sobre os quais não foi emitido juízo de valor”. Então tá.

Mas a fogueira já está acesa. No principal dos argumentos de lado a lado, está o fato de que a campanha do 11 vinha se apresentando como propositiva e imune a ataques, que, de público, repudiavam. Agora, assumindo que distribui material de caráter difamatório, a coligação perde um pouco desta aura.

 

DM’s orientam resposta nas redes

 

Agora há pouco, final da manhã, recebo algumas DM`s de um eleitor de Amastha, revelando que recebeu DM (Mesagem Direta, que só a pessoa que recebe pode ler), com os seguintes dizeres: “Recebi uma DM da atitude amastha dizendo que sobre os panfletos era apenas para retwittar aos comentarios deles”.

O tuiteiro segue contando: “E tem mais… Esta é uma DM que liberta. Libero todos para rebaterem e argumentarem contra o 43. Não sejam presos. E continuem isolando o Kim’ ”.

Que a militância é orientada sobre como se portar nas redes não é segredo para ninguém, mas o profissionalismo e o tom de “liberdade ideological”da campanha na rede é tema para estudo de caso. Anotem!

 

Apoios velados para não atrapalhar

 

Fora isso e junto a tudo isso recebi um telefonema logo cedo, contando que Marcelo Miranda visitou às 7h30 da manhã, justamente o 11, em seu apartamento no Galápagos. Liguei para o ex-governador. Celular fora de area. Tentei Gaguim, que Segundo a fonte, também está apoiando o Amastha. Sorrindo, ele manteve a declaração official “Eu tô neutro, tô neutro… me ajuda aí”.

Retornando a ligação, Marcelo Miranda negou qualquer encontro com Amastha. "Fui visitar meu pai, que mora lá. Ele chegou de viagem, e fui vê-lo". Ele garante que continua com a deputada Luana Ribeiro.

Há alguns dias, quando fiquei sabendo em primeira mão que o prefeito Raul Filho estaria liberando seu secretariado para apoiar o Amastha, como uma forma de “se garantir” numa possível próxima gestão, a negativa de pessoas bem próximas a ele foi veemente. Segundo minhas fontes já apoiam o 11 Samuel Bonilha, Adjair de Lima, Ivory de Lira e outros ligados a Raul.

 

Pois bem, pra encerrar. Hoje circula via email material de “O Jornal” dando notícia de uma reunião em que o prefeito teria liberado agora os vereadores mais próximos a ele para apoiar Amastha, considerando que na reta final, não haveria mais viabilidade para a candidatura apoiada oficialmente pelo Paço, a do 22. Toda vez que digo isso, negam, ou me atacam nas redes. Agora é outro veículo falando, e mais: colocando na boca do prefeito.

 

Procurada, a assessorial de imprensa do prefeito retornou com uma resposta curta e direta do próprio Raul: “Não é verdade. O jornalista que publicou está desinformado sobre a minha opinião e posições”.

 

Então tá! Segura, Tocantins, que a panela da confusão está fervendo. E ainda faltam 5 longos, longos dias.

 

 

 

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