Amigos, o final do período de desfiliações e novas filiações, que terminou no sábado, 5, teve até ontem, segunda-feira 7, primeiro dia útil subsequente, o prazo limite para comunicação por parte dos novos filiados ao juiz eleitoral.
O que e na prática significa que o TRE levará ainda algum tempo para processar as listas definitivas de quem se filiou onde.
Na verdade, o jogo preliminar das eleições teve seu primeiro prazo esgotado: o das convocações. Cada filiado escolheu em que time jogará ano que vem. Alguns, mais espertos, filiaram-se na surdina, para não chamar a atenção sobre si e evitar represálias.
Principalmente aqueles que compõem equipes de governo, ou ocupam cargos comissionados.
Agora começa o xadrez da montagem das chapas. Quem serão os candidatos ao Senado? Quem estará habilitado para disputar uma vice?
Ouvindo o canto da sereia, alguns se desfiliaram de partidos onde teriam concorrência menor e se filiaram a outros onde correm sério risco de ficar sem mandato. Coisa que o tempo, em breve, bem em breve, mostrará.
O Palácio Araguaia viu esvaziar-se o PSDB do governador Siqueira Campos, para nascer forte o Solidariedade, comprometido com o projeto de eleger Eduardo Siqueira Campos.
Com o PTB, de Zé Geraldo e agora de Eduardo, devem seguir além do Solidariedade, o PSB de Alan Barbiero e Laurez Moreira, o próprio PSDB, o Democratas que realojou o vice-governador João Oliveira. Uma grande bancada.
Tiveram que descer do muro e assumir posição pró-governo os deputados que insistiam em fazer aquela linha “independente”. Antes tarde do que nunca.
No PMDB sobraram dois: Josi Nunes, a autêntica e José Augusto, o histórico.
E vimos surgir o Prós, abrigando a oposição que se diz a mais autêntica contra o governo. Nela vai Aragão, que o governo quase teve e perdeu, no seu segundo ano de mandato e o deputado Eli Borges, que acompanhou o suplente Ataídes de Oliveira, seduzido pelo compromisso de ter legenda para disputar a prefeitura de Palmas em 2016, seu sonho.
Para onde irá o Prós, não se sabe.
Outro lance interessante: Toinho Andrade. Ele que chegou a ser citado pelo vice-governador João Oliveira, como alinhado com o Palácio Araguaia e prestes a se desfiliar, acabou ficando no PSD e é seu vice-presidente.
É a segunda vez que Toinho fica no grupo da senadora Kátia Abreu. Na primeira, quando o PSD foi criado, esvaziando o Democratas. E agora, quando o PSD passou por uma tentativa de esvaziamento, mas sobreviveu.
No geral, a fase das convocações termina com o jogo equilibrado. A preocupação agora no governo, é que o escândalo do Igeprev seja abafado e pare de gerar mídia nacional negativa contra seus aliados.
Fatos como este, mesmo um ano antes das eleições costumar deixar sequelas e abortar sonhos de composição em torno dos nomes que saírem chamuscados.
É esperar para ver, daqui para abril, quais dos convocados se viabilizam. Ou não.
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