Folha diz que não traiu Divina Márcia e parte para acusações

Uma entrevista na noite desta quinta-feira, 16, no programa Na Ponta da Língua, da 96 FM, concedida pela vereadora Divina Márcia(PTN), em que ela afirma ter sido traída pelos companheiros na decisão de levarem o partido para a base de Raul Filho prov...

Em entrevista exclusiva ao site Roberta Tum, o vereador afirma que as discussões sobre a adesão do PTN oficialmente à base do prefeito já vinham acontecendo nos últimos dias e que a vereadora esteve reunida com ele e o presidente Júnior Luiz tratando do assunto. “Ela também estava insatisfeita com o governo e disse que se dentro de 15 dias os problemas não fossem resolvidos, ela estaria livre”, sustenta novo presidente Metropolitano da sigla. Confira a íntegra da entrevista:

A reclamação da vereadora Divina Márcia é de que havia um compromisso seu e do Júnior Luiz de esperá-la voltar de viagem para discutir com o partido que rumo tomar. É verdade?

Folha – Nós não combinamos isso com ela. Quando falamos sobre esta possibilidade de ir para a base do Raul ela descartou. Disse que pela sua proximidade com o governo ela não participaria. Nós conversamos juntos num almoço no Palmas Shopping. Eu e minha esposa, ela e o Júnior Luiz. Ela disse: ”Vou dar um prazo para o governo de 15 dias. Se neste tempo os problemas não forem resolvido, estou livre”.

Que problemas seriam esses?

Folha - Acho que ela não conseguiu ainda agregar na estrutura do governo as pessoas que ajudaram na campanha dela. Mas talvez seja por que ela foi muito ajudada nos últimos 15 dias de campanha. Descarregaram tudo em cima dela: 150 carros alugados, mais de 300 motos para trabalhar na reta final. O governo praticamente retirou a eleição do Galego e deu pra ela.

Então a questão é de cargos?

Folha – Não sei... acho que sim. Até quero falar sobre isso, por que eu não tenho os 50 cargos na prefeitura que você publicou no seu site. Os meus cargos não chegam ainda a 30% disso. Quem te disse isso não sabe o que está falando. Eu indiquei agora sete pessoas na Agesp, mas são ASG, que ainda vão passar por uma seleção. Os cargos que eu acertei foram na Mesa Diretora...

Vereador, o senhor está dizendo que não tem a sua cota de cargos na prefeitura, por fazer parte da base do prefeito?

Folha – Sim, mas não chega a 30% disso. Tem gente que nem tomou posse ainda. Eu não negociei meu passe desse jeito não. O que eu acertei com o Raul foram obras para a minha região, e posso te citar cinco. O colégio de Tempo Integral Beatriz Rodrigues, na 405 Norte, o Colégio Integral Pedro Piagio na Arno 51, a conclusão do asfaltamento da 405 Norte que a Nilmar começou e não terminou, a praça da 405 Norte e duas creches, uma na Arno 41 e outra na Arno 43. Minha ida para a base do Raul foi em cima dessas ações.

Voltando ao PTN, se a vereadora Divina Márcia disse de cara que não iria para a base do Raul por que o senhor afirmou mais cedo que ela esteve prestes a fechar com vocês?

Folha – Bom, na nossa conversa ela perguntou se eu daria metade dos meus cargos na Câmara. Os cargos que foram divididos pelos oito que votaram no presidente. Eu disse a ela que isso não. Que esse acordo eu não faria. O que eu acho é que a pessoa não pode ficar se fazendo de uma coisa que não é. Ela não é esta excelência que ela diz que é.

Mas o senhor próprio disse em várias entrevistas que o presidente Júnior Luiz não tinha liderança no partido e agora está junto com ele na base do prefeito...

Folha – Olha Roberta, é lógico que no partido ele não tem essa condição de líder. Nosso pessoal não respeita ele como líder, mas tem a prerrogativa de ser presidente. Entendendo isso eu busquei entrar em acordo com ele. Por que eu não podia ficar preso naquela resolução que eles fizeram com o governo. E o presidente nacional não abre mão do Júnior. Ele conseguiu construir uma relação boa com o presidente.

Vereador, mas o PTN se estruturou no estado graças às condições dadas pela Aliança da Vitória, não é verdade?

Folha – Isso. A aliança da Vitória deu as condições. Mas você não bota roça e deixa periquito comer. Se deu as condições, por que não zelou? O governo está muito desarticulado. Precisa buscar um Ronaldinho para jogar na secretaria de governo. O que eles têm lá é um Roberto Dinamite, aposentado. Como é que um governo com a caneta na mão perde tanto como está perdendo?

O PTN agora parece estar dividido. Resolvendo a situação do presidente Júnior Luiz, o senhor pretende resolver também a do grupo todo?

Folha - Aqueles que quiserem nos acompanhar terão espaço com o Raul. É muito provável que a gente consiga agregar todos eles. Até por que o prefeito é um homem que tem esta visão.

O senhor considera então que não houve rompimento de nenhum acordo com a vereadora Divina Márcia?

Folha - De jeito nenhum. Eu não traí a Divina Márcia. Eu é que já fui traído por ela uma vez. Quando ela fez um acordo conosco de ficar com o grupo do PTN, e do nosso partido ficar com a minoria. Ela fez o acordo de manhã e de tarde eles apareceram com a resolução. Eu é que fui traído e pego de surpresa naquela ocasião.

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