Gaguim encaminha projetos do governo para assessoria jurídica

Pacote de projetos do governo que prevê reajuste salarial e benefícios para professores comissionados da educação causa divergências entre parlamentes. Deputados alegam que o momento exige mais cautela e responsabilidade na tomada de decisões....

Na sessão ordinária desta quinta-feira, 06, deputados discutiram o pacote de quatro projetos, encaminhados na manhã de ontem, pelo governador do estado a Assembleia Legislativa – AL. Os projetos prevêem dentre outras medidas uma equiparação salarial aos professores comissionados da rede estadual de ensino, que podem chegar a 56% de aumento.

 Os projetos fazem parte de uma adequação do governo do estado a uma lei federal que criou um piso salarial para professores em todo o Brasil. Ainda assim, a bancada de oposição alega que o momento de instabilidade política e o impasse sobre o aumento de 25% dos servidores do quadro geral do estado, fazem com o que o momento seja inoportuno para aprovação de projetos dessa natureza.

O presidente da AL, Carlos Gaguim, informou que a Casa terá responsabilidade e cautela para que a melhor decisão seja tomada. “Esses projetos foram encaminhados para a acessória jurídica para análise, na semana que vêm vamos convocar uma reunião com os 24 deputados para avaliar todas as possibilidades”. Gaguim ainda informou que buscará auxilio também de outros órgãos do Estado para estudar o caso.

Oposição questiona 

Para o líder da bancada de oposição, deputado Raimundo Moreira, o reajuste salarial é justo e questionar a aprovação é comprometedor para os deputados, mas diante da situação o governo colocou a AL em uma saia justa. “Se aprovarmos corremos o risco de prejudicar a governabilidade e se não aprovarmos seremos acusados de não conceder aumento a servidores, o governo colocou essa casa em uma saia justa. Fico surpreso com a inteligência desse governo”, ironizou.

Em concordância ao pronunciamento de Moreira, o deputado José Geraldo ainda levantou a possibilidade dos projetos serem anulados após o encerramento do mandado do atual governador, “No apagar das luzes tudo que foi decidido aqui pode vir a ser considerado nulo, como aconteceu no Maranhão”, afirmou. O deputado ainda fez questão de lembrar que no próximo ano há eleições e qualquer decisão que for tomada pelos parlamentares refletirá nas urnas.

Em nome da líder da bancada de oposição, Josi Nunes, que não estava presente na sessão de hoje, o deputado Eli Borges alertou os deputados para a necessidade de avaliar as minúcias dos projetos. “Vamos nos reunir, fazer uma análise mais profunda do conteúdo desses projetos, com base em diversos fatores e principalmente no orçamento do governo”.

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