Geovane e Chaves se entregam a Justiça Militar e alegam que não quiseram tumultuar processo de votação dos Projetos da PM

Após o Comando Geral da PM ter decretado a prisão dos presidentes da Associação dos Cabos e Soldados do Estado (ACS-TO), Cabo Geovane Alves dos Santos, e do presidente da Associação dos Policias e Bombeiros Militares do Estado (ASPBMETO), Major Luís ...

O Cabo Geovane Alves dos Santos, presidente da Associação dos Cabos e Soldados do Estado (ACS-TO) e o Major Luís Chaves do Vale, presidente da Associação dos Policias e Bombeiros Militares do Estado (ASPBMETO) se entregaram na manhã desta quarta-feira,18, a Justiça Militar, no Fórum de Palmas. A equipe do Site Roberta Tum acomanhou a entrega e na ocasião, o presidente da ACS informou que não há um tempo determinado para que fiquem presos.

Ainda segundo as informações, a determinação do local para onde os policias serão levados deve partir do juiz titular, José Ribamar Mendes Junior, às 13 horas da tarde. A determinação da prisão foi do comandante da Policia Militar, coronel Marielton Francisco dos Santos, por causa da nota endereçada aos parlamentares que votassem a favor dos Projetos de Lei que previam alteração na estrutura da PM.

Consta em nota das duas associações que “a presença de um sujeito com este perfil em um local que o tem como “não agradável” ou “não bem-vindo” se dá por sua conta e risco. Ou seja, caso seja declarado “não bem-vindo”, o Parlamentar será o único responsável pelo que possa ocorrer com ele nos Quartéis militares. E não poderá reclamar, depois

Sem notificação

Segundo o cabo Geovane, os militares não foram notificados da decisão do comandante. “Ficamos sabendo da decisão por meio da imprensa. A partir disso acionamos o advogado da associação e decidimos nos entregar”, contou.

O presidente ainda afirmou que a decisão do comandante foi precipitada e que não teve a intenção de tumultuar o processo de votação dos projetos. “Essa decisão foi muito precipitada porque o que motivou a nota foi o sonho dos militares de ver uma melhor segurança publica e sensibilizar também os deputados que o nosso sonho estava sendo tirado. Ao mandar a nota não tivemos a intenção de tumultuar o processo, porque não consideramos que o teor do documento tenha sido agressivo já que existe uma insatisfação por parte da tropa”, explicou.

Luta justa

Para o Major Chaves a decisão dos militares em se entregar ocorreu para mostrar a população que eles não são foragidos. “Não somos foragidos. Estamos aqui e acreditamos na justiça e em Deus. A nossa luta é justa e por isso queremos ser tratados com respeito e dignidade”, informou.

De acordo com o advogado de defesa dos militares, Joziran Bezerra, existe a possibilidade do pedido de Habeas Corpus. “Estaremos tomando as medidas cabíveis e não vou adiantar a estratégia de defesa, mas adianto que iremos lutar pela liberdade deles”, explicou.

O assessor jurídico das associações, Jean Charles, ainda não se apresentou e está sendo considerado foragido.

 

Comentários (0)