Governo acerta em adiar aulas presenciais e mostra sintonia aos 90 dias de gestão

Aos noventa dias de gestão, governador em exercício acerta em medidas, marca presença onde estão os problemas, toca obras já iniciadas e acerta em mostrar sintonia com vontade popular

Governador em exercício Wanderlei Barbosa
Descrição: Governador em exercício Wanderlei Barbosa Crédito: Esequias Araújo/Governo do Tocantins

Sintonia com os desejos e necessidades da população. Sensibilidade em escutar e coragem para tomar decisões difíceis. Se for para definir os 90 dias de mandato do vice-governador Wanderlei Barbosa à frente do comando do Araguaia, desde o afastamento do governador eleito, Mauro Carlesse, pelo STJ, esta tem sido sua marca. Escutar e decidir. Marcar presença nas frentes em que o poder público é necessário.

 

Nesta quinta-feira, dia 20, esgotou-se metade do prazo de afastamento do governador, e o novo governador já tem alguns feitos para anotar e destacar numa possível futura campanha ao governo do Estado.

 

Foi Wanderlei que rompeu com o processo de PPP do Jalapão. Ouviu a voz do medo que predominava na comunidade jalapoeira e cancelou as audiências públicas, desistindo de tocar naquele modelo, a parceria público privada. É evidente que os problemas que levaram a equipe de Carlesse a projetar a PP continuam lá, e merecem atenção e ação do governo, seja ele qual for. Controle de carga nos pontos turísticos mais sensíveis, conservação das estradas, apoio efetivo ao turismo com receptivo de qualidade. Mas o gesto foi feito.

 

Também foi o atual governador quem deu o start de pagamento das progressões que estavam na gaveta. Um alívio para o servidor público que não via perspectiva de por a mão neste dinheiro.

 

Uma das maiores preocupações de quem compreende minimamente o funcionamento do Estado era com a bancarrota do Igeprev, fadado a deixar de conseguir pagar a previdência dos servidores em pouco tempo. Isso por que os descontos feitos em folha não estavam chegando aos cofres do instituto, não eram repassados. O resgate de R$ 300 milhões de reais foi um alento à saúde financeira do Instituto de Previdência dos servidores públicos estaduais.

 

Pacote de bondades e equilíbrio fiscal

 

Há quem diga nos bastidores que o que Barbosa tem feito é distribuir um pacote de bondades. Como fez Gaguim por exemplo, entre 2009 e 2010, quando substituiu Marcelo Miranda. E que tantas benesses vão ter seu preço cobrado lá na frente, num possível desequilíbrio fiscal, conquistado a duras penas.

 

O tempo dirá o limite de concessões que um governo pode fazer.

 

O fato é que o governador tem marcado presença em cada canto do Estado. Seja nos municípios castigados pela enchente sem precedentes nos últimos 20 anos do Tocantins, seja nas estradas depauperadas, seja nos canteiros de obras que Carlesse deixou. Exemplo disso foi a visita na semana que passou, nas obras da ponte de Porto Nacional.

 

O desafio maior do governo será a recuperação da malha viária do Estado. Em alguns pontos, destruída, em outros quase inexistente, ela requer planejamento e enfrentamento quando o período chuvoso passar.

 

Se Wanderlei Barbosa amadureceu como político ao longo dos últimos anos e transcendeu o papel de vereador, depois deputado e finalmente vice-governador, só o tempo dirá. Por enquanto não há que se negar que o começo desta nova fase é positivo.

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