Governo age rápido para manter lisura do concurso

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Há quem diga que o governador Marcelo Miranda -  pelo próprio perfil político forjado no parlamento - é um homem cauteloso nas decisões, e que protela boa parte delas para não ferir companheiros, ou criar situações difíceis mais tarde. Pois quem está habituado a este aspecto da personalidade do governador surpreendeu-se com a ação rápida de Marcelo para contornar a crise gerada pela denúncia de um servidor da Unitins de que irregularidades poderiam estar em vias de acontecer na realização do Concurso Público do Quadro Geral do Estado.

Uma coisa Marcelo sempre disse claramente aos companheiros nos bastidores (e de forma mais polida na imprensa): não aceita interferência política em resultado de concurso no seu governo. "Para passar, só tem um caminho: estudar", repete o governador a quem toca no assunto com ele.

Desta forma, a possibilidade de que houvesse vazamento de informação, venda de gabarito ou negociação de resultado atingiu em cheio o que o governador mais presa: a marca de credibilidade que seu governo faz questão de imprimir quando o assunto é concurso. Não poderia ser de outra forma.

Os milhares de inscritos para o certame são o reflexo desta postura do governador, mais do que qualquer outra coisa. É óbvio que os servidores comissionados sabem que seu emprego está por um fio diante das decisões da justiça de proibir que o estado contrate comissionados no número que tem contratado. O governo também entrou em sua segunda etapa, e a sucessão já está na pauta do dia, trazendo preocupação para quem não tem estabilidade.

A ação rápida de Marcelo, nomeando Jucylene Borba na reitoria da Unitins, determinando formação de uma comissão para apurar os fatos, e exigindo medidas de segurança que dêem garantia de lisura aos candidatos é um sinal muito claro das intenções do governo. Quem está se matando para estudar em casa, nos grupos e cursinhos percebe na atitude do governador o compromisso com a seriedade do certame. Talvez tanto ou mais que para os milhares que disputam estas vagas, a seriedade deste concurso, é fundamental para o governo. (Roberta Tum)

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