Governo perde comando da Mesa e tem que superar rápido, pela governabilidade

Perder a presidência, por falta de apoio de gente do próprio PMDB pode ser uma lição difícil, mas o governo tem que assimilar rápido para impedir que a mágoa atrapalhe a governabilidade a seguir...

Damaso entre Miranda e Cláudia: reeleito
Descrição: Damaso entre Miranda e Cláudia: reeleito Crédito: Bonifácio/t1Notícias

O comando do Palácio Araguaia não conseguiu sensibilizar um deputado do próprio PMDB para provocar o empate na disputa pela Assembléia Legislativa que acabou de eleger há poucos minutos, o presidente Osires Damaso para o seu segundo mandato.

 

Sem Elenil na chapa palaciana, conforme antecipou o T1 Notícias na sexta-feira passada, e com a troca dos nomes de Paulo Mourão e depois de Toinho Andrade na reta final, mais um deputado abriu em favor de Damaso. E o resultado foi um 14 a 10 que ainda vai doer muito nos próximos meses.

 

Os erros na condução do processo são evidentes: falta de articulação interna? falta de posicionamento do governador a tempo, expondo claramente o que queria? Falta de percepção para recuar com o favorito Paulo Mourão a tempo? Falta de falar a linguagem dos deputados? falta, falta, falta...

 

Cada um arrisca seus palpites. Em favor de Mourão pode-se dizer duas coisas: conquistou o apoio público de Eduardo do Dertins. Nenhum outro candidato consegui concretizar suas promessas de apoio entre o bloco que se elegeu na oposicão. Quem dos 11 pulou da canoa na última hora? Outra pergunta para ser respondida rapidamente. Sim, porque alguém faltou com a palavra dada, e não foi na turma de Damaso.

 

Governabilidade vai depender da superação

 

O fato é que o governo perdeu a Assembléia mas conta com diversos deputados dispostos a compor sua base. Na política de cotas, evidente. Cota de cargos e tudo mais que faz parte do jogo do poder. Coisa que deveria arrepiar por não ser uma prática muito republicana, mas que já se tornou tão comum que é encarada com naturalidade.

 

Dos que compuseram chapa e votaram com Damaso, Miranda já contava com a proximidade de Carlesse, Jorge Frederico, Jr. Evangelista e Cleiton Cardoso.

 

O grande desafio agora é deixar a mágoa de lado e juntar os votos necessários para aprovar: reforma administrativa, orçamento 2015 e tudo mais que vem por aí. Como se vê, reorganizar o PMDB no Estado também se torna pauta urgente.

 

Eduardo, o Maestro orquestrou os votos

 

O grande vencedor, indiscutivelmente foi de novo Eduardo Siqueira Campos. Ele que tinha o poder de fogo do governo em janeiro de 2010, soube fazer a mágica agora, sem este instrumento. Com certeza usou seus outros atributos.

 

Maestro desta orquestra, fez um trabalho de reconquista dos desafetos que ficaram da disputa eleitoral de outubro passado, quando atropelou muitos diretórios para fazer a maior votação.

 

Expert em lidar com deputados, conquistou os de primeiro mandato, orquestrou a montagem da chapa, buscou Luana Ribeiro no Nordeste e convenceu a todos de que poderiam ser donos do orçamento, controlar as principais comissões e depois cada um decidisse seu próprio caminho.

 

Touché.

 

O resto é história.

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