Grupo de Coimbra quer oferecer vaga de Senado a Kátia e isolar Marcelo

Grupo que garantiu a vitória à Coimbra no diretório estadual quer acordo com senadora para oferecer a ela vaga para disputar reeleição, e lançar Coimbra, Gaguim, Pugliese ou Dito ao governo do Estado

 

O grupo ligado ao deputado federal Júnior Coimbra pediu via carta encaminhada à senadora Kátia Abreu, uma reunião com ela para tratar de assunto de interesse partidário.

 

Oito pessoas assinam a carta, entre eles o ex-governador Carlos Gaguim o deputado estadual José Augusto Pugliese e o empresário Dito Faria. Nos bastidores, gente ligada ao grupo confirma: a intenção é levantar a bandeira branca e oferecer à senadora a vaga para disputa da senatória, numa chapa sangue puro que teria... qualquer um deles, menos Marcelo Miranda na disputa pelo governo do Estado.

 

Entre o grupo a crença de que Miranda não terá condições de elegibilidade na data da convenção é forte, mas não se trata só disto. O fato é que o desgaste na relação interna do partido é grande. Com todos os problemas que enfrenta, nos inúmeros processos movidos contra ele no Estado, Marcelo Miranda incomoda pela popularidade que mantém nas bases. Isolá-lo passou a ser uma necessidade de todos os que intencionam, dentro da legenda, se tornarem estrelas emergentes.

 

O primeiro problema que a proposta do grupo que comanda o PMDB, é que a senadora não faz acordos sozinha, conforme sinalizou ontem em entrevista a este portal. O segundo, é que de sua aliança com Miranda - selada entre quatro paredes, sem testemunhas – está evidente que Kátia fecha com Marcelo, que é quem tem os votos e a popularidade no PMDB até então.

 

O terceiro problema e maior de todos é que é difícil para os próprios peemedebistas, acreditarem na viabilidade eleitoral de uma chapa sangue puro que tenha na cabeça quem mal tem um traço nas pesquisas recentes de opinião. Incluindo aí uma do Ibope, feita para consumo interno e não para divulgação. Ela deu o perfil do eleitorado do Estado em Palmas e nas regiões leste e oeste do Estado.

 

O quarto e último é a desconfiança que consome os peemedebistas que querem o partido na oposição, com o grupo Coimbra, e especialmente com o presidente da legenda. É muito forte nos bastidores a crença de que Júnior quer ser candidato para ajuda o projeto do Palácio Araguaia. Dividir a oposição, sem chances reais  de vitória, para ajudar o governo a vencer as eleições.

 

De prático em mais este capítulo da novela do PMDB, que o leitor e eleitor acompanha há meses, fica claro que é cobra engolindo cobra numa história sem fim. Crise de confiança é grande interna. E como se sabe, sem espírito de grupo, ninguém sai de uma convenção para uma eleição com chances de vitória.

 

Angu de caroço essa crise do PMDB. Na minha humilde opinião, difícil demais de ser resolvida.

Comentários (0)