O paciente Thomas Batista, de 29 anos, que há mais de 10 anos passou por um tratamento de hanseníase e ficou dependente de um medicamento chamado predizona (corticoides) entrou em contato com o Site Roberta Tum para reclamar do atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF) do setor Vale do Sol, onde ele também reside. Segundo informações de Batista, ele começou a passar mal na última quinta-feira,17, e no mesmo dia procurou a Unidade de Saúde para se consultar e adquirir o medicamento posteriormente, mas de acordo com informações de Batista, a orientação recebida na recepção da USF foi de que ele deveria voltar no dia seguinte para marcar a consulta.
“Me disseram que os dias de consulta é na terça e na sexta-feira. Quando cheguei no posto de saúde no outro dia fiquei esperando na fila mais de uma hora e como crianças, idosos e gestantes tem prioridade e são apenas 30 senhas, de novo não fui atendido”, contou o paciente .
Ainda segundo informações do paciente, por não ter recebido atendimento na sexta ele retornou no sábado, e como também não conseguiu atendimento e sentia fortes dores foi a farmácia e comprou remédios sem a prescrição médica. No domingo, 20, já com muita febre e novamente sentido fortes dores, procurou o Pronto Atendimento da região sul e o médico deu o encaminhamento para que o mesmo voltasse a USF do seu setor e fosse atendido, mas nessa segunda-feira, 21, ao chegar a Unidade de Saúde o atendimento não aconteceu novamente.
“Voltei ao posto e a informação dada na recepção foi a mesma, que os dias de consulta eram na terça e na sexta-feira. Nem mediram minha temperatura ou fizeram a aferição da minha pressão. Não houve nenhum procedimento básico para saber como eu estava”, declarou.
Solicitação de atendimento urgente
Conforme Batista, ainda na busca pelo atendimento, ele voltou ao PA Sul, onde de imediato a assistente social ligou na USF e solicitou o atendimento urgente, pois o paciente estava debilitado. A atendente teria garantido, segundo as informações, que o mesmo poderia voltar as 14 horas que seria atendido, mas ao chegar na Unidade o paciente teria sido encaminhado de volta para casa sem receber atendimento.
Na ouvidoria
De acordo com Batista, ele também ligou na Ouvidoria da Saúde que garantiu que um enfermeiro iria até sua residência ainda na tarde dessa segunda-feira, mas devido a demora ele retornou a ligação e foi informado que a equipe da USF havia se recusado receber suas reclamações e que não tinha nenhum enfermeiro disponível para fazer o atendimento.
"Depois disso, liguei falando que não suportava mais tanta dor, o atendente me disse que na equipe da USF não tinha nenhum enfermeiro. O pior foi que afirmaram que eu exijo atendimento imediato, sendo que já tem cinco dias que tento marcar uma consulta e não consigo”, reclamou.
Secretaria explica
Sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas confirmou que o paciente Thomas Batista esteve na Unidade de Saúde em busca de atendimento, mas que o mesmo não foi atendido por que houve uma falha na comunicação, já que o paciente não informou que fazia tratamento de hanseníase. Segundo informações da assessoria, para esse tipo de tratamento o paciente não precisa pegar fila, pois o tratamento é diferenciado e ele não pode ficar sem o remédio. Ainda segundo a Secretaria, um agente de Saúde será encaminhado até a casa do paciente até a manhã desta quarta-feira, 23, para preencher o formulário da consulta e facilitar a ida dele ao médico o mais breve possível.
Comentários (0)