No último sábado, 13, foi aprovado o indicativo de greve nacional dos docentes das universidades federais brasileiras. Representantes de 27 Seções Sindicais participaram de reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) organizada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e decidiram por unanimidade deflagrar greve da categoria, ainda sem data.
Após avaliar os resultados da rodada nacional de assembléias gerais das seções sindicais que aconteceram durante a última semana, os professores das IFES julgaram a proposta apresentada pelo governo no dia 9 de agosto como positiva, mas considerou insuficiente porque não corrige as distorções na relação com outras categorias do serviço público federal e não corrige falhas internas existentes na evolução da própria carreira docente.
Os participantes da reunião do Setor das IFES apontaram que o Andes deve reforçar na mesa de negociações com o governo a lógica da contraproposta de acordo emergencial, afirmando também a posição já aprovada sobre reenquadramento explicitada no artigo 29 da proposta de carreira na negociação da correção das distorções geradas quando da criação da classe de associado.
Também foi decidido convocar assembléias gerais para avaliar o resultado da mesa de negociações agendada com a secretaria de recursos Humanos do Ministério do Planejamento que está prevista para acontecer na noite desta segunda-feira, 15. As seções devem pautar assembléias gerais para debater a respeito da data para o início da greve nacional da categoria, como também, realizar rodada de assembléias gerais de 17 a 19 de agosto e participar da próxima reunião do setor para o dia 20 de agosto, na sede do ANDES-SN em Brasília - DF.
Saiba Mais
Membro da diretoria da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins, Paulo Cleber Mendonça Teixeira, disse que o indicativo de greve nacional representa uma grande vitória ao movimento grevista do Tocantins. Ele acredita que o fato de a UFT ter sido a primeira a entrar em greve, impulsionou as demais universidades a acreditar na movimento. Teixeira disse ainda que a Federal do Paraná também entrará em greve antes da próxima reunião nacional no próximo dia 20, em Brasília.
A Universidade Federal do Tocantins (UFT) foi precursora no movimento de pressão junto ao governo quando deflagrou greve no dia 27 de junho do corrente ano. Os docentes da UFT tomaram essa decisão por considerar que a greve é uma das alternativas a ser feita nesse processo de enfrentamento com a política de negociação do governo com o Andes. (Da Assessoria)
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