Indiciado pelo MFP é nomeado presidente de comissão de orçamento

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O inspetor da Guarda Metropolitana de Palmas, Jocélio Pereira Santos, indiciado pelo Ministério Público Federal por fraude em processo de licitação para compra de uniforme da Guarda Metropolitana de Palmas, foi nomeado presidente da Comissão para Elaboração de Orçamento 2009, da própria instituição.

A nomeação foi publicada numa portaria interna da GMP, dia 18 de agosto e assinada pelo comandante da Guarda, Tenente Coronel Antônio Joaquim Martins Benvindo. Segundo o Coronel Benvindo, a comissão fará apenas levantamento de dados do orçamento 2009, relativos à Guarda Metropolitana, e que tudo será, posteriormente, encaminhado à Comissão de Orçamento da Prefeitura. "Eu também faço parte dessa comissão", assegura o comandante. O Inspetor Jocélio, que atua na comissão com Maria de Nazaré Rodrigues Barbosa Cosson e Glaucyene de Oliveira Santos, membros, tem o total apoio do Tenente Coronel Benvindo. "Não vejo qualquer problema nisso. Até que se prove o contrário ele é inocente", argumentou Benvindo, completando que "ele [Jocélio] está em fase de investigação". Entre os levantamentos a serem feitos para o Orçamento do Guarda, pela comissão presidida pelo inspetor indiciado, estão os relacionados à possível aquisição de fardamento, coletes, armas, viaturas, cursos e também a construção do Quartel da instituição.

 Fardamento, é justamente o item que levou o MPF a indiciar não só o inspetor Jocélio Santos, como também o ex-comandante da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP), Devarte Rocha, Léa Pereira de Sousa, Joaci Pereira Lima, Roberto Souza Alves e Sheyla Cynara Souza Alves. Está disponível no site do MPF a matéria intitulada "MPF/TO denuncia seis por fraude em licitação da Guarda Metropolitana de Palmas" que relata com riqueza de detalhes de como o grupo agiu, subtraindo amostras de uniforme da própria guarda.

"O que fazemos é o levantamento de dados", insiste Benvindo. A reportagem do www.blogdatum.com.br tentou obter cópia da Portaria, que é um documento público, mas foi negada pelo comandante Benvindo. (Luiz Henrique Machado)

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