Indignados com reforma que já dura 10 anos no Pop Shopping ex-lojistas pedem solução: caso está na Justiça

O empresário Luiz Gonzaga, ex-proprietário de uma sorveteria que funcionava no antigo Pop Shopping, entrou em contato com o Site Roberta Tum para informar que a situação dos antigos lojistas que utilizavam o espaço permanece sem solução. De acordo co...

O empresário Luiz Gonzaga, ex-proprietário de uma sorveteria que funcionava no antigo Pop Shopping, onde atualmente, em parte do prédio, funciona o supermercado Quarteto Norte, entrou em contato com o Site Roberta Tum para informar que a situação dos antigos lojistas que utilizavam o espaço permanece sem solução.

Segundo o ex-proprietário, a empresa responsável pelo empreendimento que foi construído em 2000 comunicou aos lojistas um ano depois da inauguração do espaço que iria fechar para reforma e desde o fechamento não deu satisfação aos lojistas. “Nós tínhamos lojas lá, aí eles disseram que iam fechar para reformar e desde essa época não deram mais explicações. Nós entramos na justiça no ano de 2007 e até hoje não tivemos resultado”, contou Gonzaga.

De acordo com Gonzaga, o responsável pela empresa alegou que a reforma seria de três meses, mas até o momento a mesma não teria sido concluída. “Estamos em 2011 e a reforma não veio a concluir, já alugaram até o espaço das nossas lojas para uma boate. Tentamos de todas as maneiras negociar a volta do funcionamento ou a indenização, mas fomos barrados pelo administrador”, contou o ex-proprietário. Ainda de acordo com o Gonzaga, os lojistas investiram nas lojas o que hoje equivale a mais de R$ 300.000,00.

Processo está parado na Justiça

Segundo a estagiária Mariana Moreno, que está acompanhando o caso, o processo permanece sem julgamento na 5° Vara Cível sob os cuidados do juiz Zacarias Leonardo. “Desde 2007 o processo permanece na Vara e não temos acesso a ele. A explicação para tanta demora no julgamento é a grande quantidade de processos que se acumulam”, informou.

De acordo com Mariana, ela também cuida de mais dois processos de lojistas que requerem indenização por danos pessoais e morais. “Tem mais duas pessoas que estão aguardando respostas e tem muitos que até já desistiram. É muito difícil essa situação porque não há uma resposta. E o jeito é esperar porque é necessário uma ordem judicial”, frisou Mariana.

O Pop- Shopping

De acordo com Luiz Gonzaga, o empreendimento foi construído em 2000, em uma área doada pela prefeitura de Palmas com o objetivo de ser um shopping popular. Para isso, de acordo como ex-proprietário, foram vendidas 184 lojas e todas estavam em pleno funcionamento em dezembro de 2001.

Oito meses depois, em agosto de 2002 estavam funcionando apenas as lojas da praça de alimentação, onde permaneceram quatro lojistas que resistiram até o fechamento que ocorreu por causa dos autos preços de aluguéis. Segundo Gonzaga, os valores chegavam a R$ 721,00, sendo R$ 400,00 de aluguel e chegando a R$ 300,00 de condomínio como foi o caso das lojas localizadas na praça de alimentação.

“Esse valor tinha que ser pago em dinheiro vivo e muitos lojistas chegavam a fazer dívidas com agiotas para conseguir pagar as despesas e muitas vezes a cobrança era feita em forma de pressão”, contou Gonzaga.

O outro lado

O empresário responsável pelo empreendimento, Gabriel Jácomo, explicou ao Site RT que o empreendimento continua em reforma e que o processo referente aos ex-lojistas ainda tramita na Justiça. De qualquer forma, Jácomo disse que já foram feitas negociações extrajudiciais com outros ex-lojistas e que aqueles que se sentem lesados podem procurá-lo ou entrar em contato a assessoria jurídica responsável pelo caso para uma tentativa de negociação.

“Esse caso ainda está em trâmite judicial, mas já houve negociações extrajudiciais com ex-lojistas. Se ainda tiver alguém que queira negociar, que entre em contato conosco, mas há também casos de pessoas que querem se aproveitar da situação e não é assim que funciona. Cada caso é um caso, mas nós estamos abertos a negociações”, afirmou.

O empresário disse ainda que não há previsão de finalização da reforma, uma vez que houve alterações no projeto interno, com ampliação da área e que também depende das vistorias do poder público no local, mas que tem urgência no término da obra. Jácomo informou ainda que, por causa da demora do processo tramitando na justiça e das negociações extrajudiciais, a empresa responsável pelo empreendimento perdeu contato com muitos lojistas, mas que, assim que a reforma for finalizada, avisará através dos meios de comunicação para ex-proprietários e novos interessados em ter um empreendimento no local.

“Apesar da urgência na reforma, não tenho como dar uma previsão de término porque também dependemos das vistorias que devem ser feitas pelo poder público. Mas assim que a reforma for concluída, avisaremos aos ex-lojistas e novos interessados através dos meios de comunicação”, pontuou. (Atualizada em 31/05 às 9h15)

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