Em entrevista ao Site Roberta Tum o delegado titular da Deic, Alberto Cavalcante, informou nesta sexta-feira, 26, que o inquérito que envolve a Operação Inconfidente será desmembrado. “Como há uma morte que desencadeou uma investigação sobre fraudes esse inquérito vai ser desmembrado, então, ficarão duas investigações uma com a morte do Vanthieu e outro com as demais investigações”, contou o delegado.
Conforme Cavalcante, os delegados que ficarão à frente das investigações serão o de homicídios, João Sérgio, e o do Grupo de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública, ao Crime Organizado e a Lavagem de Dinheiro – GRACOL, Claudemir Luis Ferreira. “Agora eles vão estudar o inquérito para poder dar continuidade nas investigações".
Entenda
Nessa semana o juiz de Miracema, Marco Antônio, informou ao Site RT que as investigações estavam paradas por conta de um ofício que teria sido enviado à delegacia pelo promotor de justiça Felício Soares solicitando que nenhuma diligência fosse realizada até que fosse julgado um pedido de suspeição contra o juiz.
O pedido em questão, como consta no Diário de Justiça do dia 9 de agosto por meio da Exceção de Suspeição Nº 1707/11, que teve como relator o Juiz Eurípedes Lamounier, foi julgada e como resultado ocorreu o arquivamento do processo por haver perda do objeto.
A operação
A Operação Inconfidente foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 1° abril e envolveu um total de 46 policiais civis da DEIC e do Gote que localizou, por meio de sete mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nos municípios de Palmas, Miracema e Aparecida do Rio Negro, extratos bancários, documentos, armas e computadores que comprovam a ação de uma quadrilha.
A investigação envolvia a morte do oficial de justiça Vanthieu Ribeiro da Silva encontrado as margens do Lago no mês de março. Segundo informações levantadas pela polícia, a quadrilha localiza as contas bancárias de pessoas já falecidas através de informações privilegiadas, o que era feito por serventuários da Justiça, que repassava as informações para advogados que peticionavam e realizavam os saques através de alvarás judiciais, autorizados pela juíza de direito com parecer do Ministério Público e depois o oficial de justiça pegava os valores e repassava para os demais membros da quadrilha.
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