Investimento estrangeiro: porque não para o Tocantins?

Há muito de provincianismo e pouco de compreensão de como a economia funciona na resistência de alguns setores à busca de boas parcerias e negócios com empresas estrangeiras.

 

No tom do discurso de muitos que continuam enxergando um muro de Berlim a separar interesses nacionalistas de outros, reside a falta de informação.

 

O preconceito aparece disfarçado ou evidente quando se fala em atração de empresas internacionais para o Tocantins. Isso desde que Carlos Gaguim foi à China, em 2010.

 

De lá para cá, todos, com alguma visão do que pode representar a atração de capital estrangeiro para a instalação de empresas e de negócios (muito mais que estruturas físicas), foram em busca de interlocução com quem tem capacidade de investir cifras inimagináveis, e procuram parceiros.

 

O Tocantins é potencial parceiro de nações superpopulosas, e que precisam de alimento, como a China. Tem espaço, tem posição estratégica -  coisa que se houve falar há mais de uma década -  mas finalmente tem uma presidente com a visão de fazer funcionar modais de transporte de produção. Isso definitivamente vai mudar o perfil do interior do Brasil. E bem no meio dele, do Tocantins.

 

É um processo irreversível. Desde que as obras saiam do papel e aconteçam de fato. Mas grandes empresas planejam para muito tempo. E é por isto que o dinheiro chinês, indiano, espanhol, árabe, ou seja lá de onde for, pode muito bem desembarcar aqui. Se houver competência por parte do Estado e das instituições com visão e interesse em fomentar negócios em se posicionar.

 

Nesta movimentação tenho visto a senadora Kátia Abreu, via CNA (não só para o Tocantins mas para a classe produtora que ela representa), também o presidente da Fieto, Roberto Pires, que trabalha nestes contatos e para levar empresários tocantinenses para descobrir o rico mercado tecnológico japonês e chinês.

 

Agora, num ato que demonstra visão, o governador Siqueira Campos cria uma pasta que pretende plantar, a custo quase zero, uma ponta de lança do Estado do Tocantins do outro lado do mundo. Não é uma secretaria de ajeitamento político. É um investimento na interlocução. É bancar um embaixador dos interesses tocantinenses além mar. E para tanto escala Divaldo Rezende, alguém que conhece do metiê, um executivo respeitado, doutor numa área em que nossa imagem tem muito a melhorar: desenvolvimento sustentável.

 

A meu ver, nada mais justo e oportuno. Ainda que se fale em crise e ela exista, para grandes empresas internacionais, os muros já caíram há muito tempo. O capital hoje migra para onde tem chances de crescer e de se multiplicar. Convenhamos, existem bem poucas fronteiras ainda com o potencial que o Tocantins tem de desenvolvimento. Sendo assim, por que não aqui?

 

 

 

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