João Costa é senador e fica o dito pelo não dito

O eleitor está cada vez mais crítico. O leitor cada vez mais ácido nos seus comentários. As urnas, cada vez mais impiedosas com tudo que o eleitor/cidadão comum não “engole”

João Costa assumiu cadeira no Senado
Descrição: João Costa assumiu cadeira no Senado Crédito: Divulgação

Por tudo isso, a posse do suplente de senador João Costa, na vaga do senador Vicentinho Alves(PR), é dessas coisas que acontece na política que deixa muita gente buscando explicações.

 

O cumprimento de um acordo de cavalheiros, que previa, lá atrás que Costa assumisse por 121 dias, assim como Ataídes de Oliveira assumiu a vaga de João Ribeiro é uma prática que muitos não aprovam, mas que a maioria aceita.

 

No caso de Costa e Vicentinho, a explicação para o acordo seria a importância que o advogado e suplente teve na cassação do mandato de Marcelo Miranda. Uma causa que teria patrocinado às suas expensas.

 

O  Rced, julgado procedente abriu duas portas. A primeira, para que Siqueira voltasse ao poder, via eleição direta, na sucessão de Carlos Gaguim.

 

A segunda, para o próprio Vicentinho, que concorreu contra Miranda, que venceu as eleições, mas não levou por que tinha o registro de candidatura questionado judicialmente.

 

Até aí tudo perfeitamente compreensível.

 

O problema é que na sua saída do cargo de Secretário de Justiça e Segurança Pública, Costa saiu despejando críticas, mágoas e acusações ao governo e ao governador Siqueira Campos. Pelo teor e pela dureza, que sugeria práticas ilícitas no governo, por muito tempo a opinião pública ficou aguardando provas, ou uma denúncia formal aos órgãos e instituições de direito. Nada disto aconteceu.

 

Num segundo ato, após estes fatos, veio a filiação ao PPL e a pré-candidatura à prefeitura de Palmas. Analistas de plantão no cafezinho do shopping vaticinam: se tivesse sido candidato a prefeito, João Costa poderia ter sido o Amastha da vez. Mas não foi.

 

E é aí que o acordo, antes compreensível, ganhou contornos de bastidores que desconhecemos, lançando dúvidas que podem ser lidas nos comentários de leitores comuns ou especiais.

 

Questionado sobre como pode ser entendido tudo isso, em entrevista à repórter Thaise Marques, o agora senador João Costa respondeu que: não se encontrou nem fez acordo com o governador para ter uma atuação mais comedida; como cidadão tem sua postura, mas como representante terá outra: imparcial.

 

Com todo respeito que o  senador merece resta a dúvida: O que mesmo isso quer dizer? E o que ele disse antes, tinha ou não valor?

 

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