Jucelino passa a ser a bola da vez na sucessão de Ivory

Aproveito o recesso natalino para comentar os últimos embates ocorridos na Câmara Municipal de Palmas e seus reflexos na sucessão da Mesa Diretora daquela Casa.

 

Derrotado na Comissão de Finanças, o prefeito encontrou no vereador Valdemar Júnior, mais que um líder para fazer valer suas intenções: nasceu um novo Valdemar na Câmara de Palmas. Mais pragmático, mais objetivo, e com alta capacidade de articulação, mais poder de barganha.

 

Explico: os vereadores que não se reelegeram votaram em favor da proposta de Amastha, articulados justamente por ele: Valdemar Jr.

 

Dizem as más línguas que entre a derrota na Comissão e a vitória em Plenário, houve uma oferta aos que serão ex-vereadores a partir de 1o de Janeiro: emplacar seus protegidos em empregos públicos no município de Palmas.

 

De fora ficaram: Fernando Rezende e Milton Neris, dos que terminam mandato nesta legislatura. Neris ainda sonha com a possibilidade de assumir depois que seu processo for julgado.

 

Mas dos que têm assento garantido, dois vereadores e virtuais candidatos à presidência queimaram literalmente suas chances de ter o apoio do prefeito eleito numa disputa pela presidência: José do Lago Folha Filho e Lúcio Campelo.

 

Sobrou Jucelino. Inclinado a votar contra a margem de 50% acabou aprovando-ano plenário.

 

Em comentários de bastidores, o eleito já teria sinalizado preferencia por Jucelino entre os reeleitos. Segundo ele, o vereador é o mais maleável do grupo.

 

Preferência mesmo, Amastha teria pelos seus eleitos, os que estiveram com ele desde que seu nome representava 1% das intenções de voto.

 

De Adir Gentil, Major Negreiros teria ouvido o seguinte conselho: “trabalha o relacionamento com os outros vereadores, e deixa o resto comigo”.

 

A questão é que os vereadores reeleitos tem tratado de forma distinta os dois assuntos: formar base de apoio a Amastha, e decidir a presidência.

 

Neste último quesito, um bloco monolítico está formado pela oposição: são seis vereadores. Num jantar semana passada na casa da senadora Kátia Abreu, eram oito vereadores discutindo a presidência. Dois que estão na conta do prefeito eleito.

 

Bem articulados, os vereadores reeleitos querem definir entre si o presidente. Se a lógica for esta, e a conta incluir os vereadores da base do novo prefeito, Jucelino é a bola da vez.

Comentários (0)