Kátia Abreu cobra explicação sobre venda de ações públicas da Celtins e pode ir à justiça

A senadora Kátia Abreu (DEM) pediu à diretoria da Celtins explicações formais sobre a aquisição feita pela empresa dos 9% de ações pertencentes ao Estado do Tocantins. Contrária à venda do patrimônio público, por um governo que classificou ser "ilegí...

Indignada com a venda pelo governo de ações da Celtins - Companhia Elétrica do Estado do Tocantins - pertencentes ao Estado, a senadora Kátia Abreu (DEM) requisitou da diretoria da empresa até quarta-feira da próxima semana, informações completa sobre a transação. “Espero em meu gabinete até quarta-feira, 31, explicações informações da empresa, sob pena de convocar toda a diretoria em audiência pública no Senado para prestar explicações”, declarou.

A senadora alega que o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) foi eleito pela via indireta, para cumprir um mandato de transição pelo período de um ano e quatro meses, e que “não tem legitimidade para vender o patrimônio público do povo do Tocantins”. Questionando a falta de transparência na transação, a senadora quer saber detalhadamente valores, e dispara: “o dinheiro tinha que entrar nos cofres públicos, o serviço a ser prestado deveria ser licitado, ter um acompanhamento quanto ao preço. É inadmissível que a venda do que é público aconteça assim”.

Informada pela imprensa

Kátia Abreu disse que não aceita, na condição de senadora, tomar conhecimento de um ato desta importância através da imprensa. “A mesma mão que vende o patrimônio público é a que cria despesas com a criação de um tribunal que vai custar, só num primeiro momento, R$ 30 milhões”, argumentou.

“Que legitimidade este governador de mandato de um ano e quatro meses tem para vender o que é do povo tocantinense? Eu vou até as últimas conseqüências legais para reverter isto. Eram as últimas ações que o Estado tinha”, defendeu a senadora.

Kátia Abreu disse que aguardará as informações até quarta-feira, para então tomar as providências que julgar cabíveis sobre a venda. O preço da negociação, de R$ 80 milhões, e a forma como serão pagos - com serviços de implantação de redes de iluminação pública -também poderão ser questionados legalmente.

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