A senadora tocantinense disse no entanto que vai insistir no que chamou de “resistência democrática” dentro do PSD, que foi uma das primeiras a articular para fundação e da qual é vice-presidente nacional. “O que contorna o problema para mim é a convocação da executiva para uma reunião, é criar uma rotina de discussões dentro do partido, é respeitar o estatuto. Não podemos nos apequenar”, disse ela.
O estopim da crise foi a intervenção feita em Minas Gerais para forçar o PSD a um acordo que favorece o PT. Próxima da presidente Dilma Roussef nos últimos meses por força da pauta da CNA com o governo federal, a senadora duvida que tenha havido pedido do Palácio do Planalto neste sentido. “Para intervir num Estado, o estatuto determina que a Executiva precisa deliberar. Esta não é uma atribuição do presidente”, afirma.
Preferindo ficar
A senadora se mostrou reticente quanto à mudar de partido, após envidar todos os esforços para criar uma nova legenda, comprando desafetos a nível nacional. “Recebi sim o convite do presidente nacional, Michel Temer, um convite que muito me honra, mas prefiro insistir neste momento em chamar o PSD aos princípios democráticos dentro dos quais foi criado”, afirmou.
Não é a primeira vez que a senadora é convidada a integrar a legenda. Sua proximidade com os líderes nacionais do PMDB é antiga. No Estado, firmou aliança com o partido em 2006 na coligação que foi eleita, e se afastou do governo Marcelo Miranda, adotando posição de independência antes da cassação.
No Tocantins o partido é presidido pelo deputado federal Júnior Coimbra, que tem se aproximado dos partidos que compõem a base governista autorizando e avalizando alianças nas principais cidades do Estado.
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