Laudo da morte de menor que faleceu no HGP é encaminhado a Delegacia de Homicídios: inquérito deve ser concluído em 30 dias

Foi encaminhado nesta terça-feira, 13, à Delegacia de Homicídios de Palmas o laudo que aponta as causas da morte do menino Wellington Gonçalves, 12 anos, que morreu no dia 1º no HGPP. O laudo apontou infecção por bactéria. Por meio da assessoria de i...

O laudo sobre a morte do menino Wellington Gonçalvez Reis, 12 anos, que morreu no dia 1º no Hospital Geral Público de Palmas - HGPP foi encaminhado para Delegacia de Homicídios nesta segunda-feira, 12. O laudo apontou infecção por bactéria.

Por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Antônio de Deus, informou que se a infecção tivesse sido detectada durante os exames no Pronto Atendimento e no HGPP seria possível outra medicação e até mesmo um outro resultado. O laudo do Hospital Geral, para onde o menino foi levado depois de ser atendido duas vezes no Pronto Atendimento do Jardim Aureny I, apontou apenas traumatismo no quadril.

Inquérito Policial

Quem vai presidir as investigações sobre a morte de Wellington Gonçalves Reis, é o delegado Bofim Santana Pinto, da Delegacia de Homicídios de Palmas. Segundo a SSP, o resultado deve sair em 30 dias, mas se houver necessidade, esse prazo pode ser prorrogado por mais 30.

Entenda o caso

Wellington Gonçalves do Reis, de 12 anos, morreu no Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), no último dia 1º, três dias após ter machucado o joelho em um jogo de futebol. Na ocasião da morte, Genival Gonçalves Pereira, pai de Wellington, acusou os médicos de negligência pela morte de seu filho, até onde se sabia por infecção generalizada.

Ainda no início do mês, Pereira contou que o filho passou a reclamar de dores nas pernas e no quadril após cair enquanto jogava futebol no dia 22 do mês passado. Segundo informações da família, o médico da Unidade de Pronto Atendimento- Upa do Aureny I (não identificado), que atendeu Welligton encaminhou o adolescente ao HGPP somente no dia 29, onde o adolescente permaneceu mais de 14 horas sentado numa cadeira de rodas antes de ser atendido. O adolescente foi atendido, mas morreu no 1º.

Exumação do corpo

Por meio de decisão judicial, o Ministério Público Estadual - MPE, conseguiu, no dia 2, autorização para fazer a exumação do corpo de Wellington. A intenção do MPE era descobrir, exatamente, qual foi a causa da morte e até que ponto houve negligência médica.

Segundo as informações da assessoria do MPE, repassadas no início do mês ao Site Roberta Tum, o caso chamou a atenção ao ser repercutido pela imprensa local, em que o pai, Genival Gonçalves Pereira, acusa o Hospital Geral de Palmas (HGP) de não realizar atendimento adequado ao filho.

Diante dos fatos, foi instaurado um inquérito policial e os membros buscaram, de imediato, ordem judicial para exumação do corpo, além de requisitar ao hospital a escala de plantão dos profissionais da saúde, a relação dos profissionais que prestaram assistência, o prontuário do menor, a classificação de risco do Pronto Socorro o relatório da comissão de revisão do óbito e o laudo da verificação do óbito.

O Ministério Público Estadual (MPE) informou na manhã desta quarta-feira, 14, ao Site Roberta Tum que o promotor de Justiça, Erion de Paiva Maia, está acompanhando o caso, e que agora com o laudo, novas pessoas devem ser ouvidas pelo delegado. O MPE informou também, que até o final desta semana, o órgão deve divulgar novidades sobre o caso.

Abertura de sindicância

O corregedor do Conselho Regional de Medicina- CRM, Múcio Guilherme Moreira Oliveira, informou que, o laudo serve apenas para detectar as causas da morte e não para dizer se houve negligência médica. "É um documento que nos ajuda, pois ele podia ter morrido de qualquer outra coisa, mas em relação a negligência, quem vai dizer é a sindicância que vai apurar a conduta ética do médico que o atendeu", ressalta.

O CRM abriu no dia 2, uma sindicância para investigar se os médicos envolvidos no caso foram culpados ou não. De acordo com informações da assessoria, o CRM tinha 60 dias para dar posicionamento sobre o assunto. Conforme as informações devem ser verificados detalhes do atendimento como por exemplo, o que consta no obituário do menor (Matéria atualizada às 12h04).

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