O Dia Internacional Contra a Homofobia, comemorado dia 17 de maio, também movimenta a comunidade LGBT do Tocantins. Nesta mesma data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS), retirou a homossexualidade de sua lista de doenças. “Desde então este é o dia em que se comemora e principalmente é um dia de convidar toda a população para o respeito ao Homossexual”, destacou o presidente do Grupo Ipê Amarelo - Giama, Renilson Cruz.
Segundo os dados fornecidos pelo Giama, hoje o Tocantins é considerado o Estado mais violento do Brasil, proporcionalmente falando. Ao todo desde 2002 são 30 crimes registrados contra homossexuais e neste ano foram três.
Convite para a luta
Já a representante do Movimento Universitário da Diversidade Sexual – Mudas, Marina Galvão, destacou que o dia 17 de maio não é só um marco, mas também um momento em que o LGBT tem a chance de mostrar a sua força como movimento. “Hoje temos a oportunidade de mostrar que estamos lutando respeitosamente contra toda a forma de preconceito”, destacou Marina ao informar que este é um dia de lutar pela “desconstrução da fobia social” que assola a comunidade LGBT há muito tempo.
“Precisamos lembrar que não somos invisíveis e chamar toda a população para enxergar que nós estamos aqui e queremos uma convivência harmônica com toda a sociedade, afinal fazemos parte dela”, salientou Marina.
Tortura familiar
O presidente do Giama chamou a atenção para os casos de violência familiar. “Muitas famílias torturam psicologicamente, agridem fisicamente e o agredido não tem coragem de denunciar por ser um ente querido”, informou Renilson ao lembrar que é preciso conscientizar. “Ainda temos muito o que fazer pela igualdade dos direitos humanos”, finalizou.
Marcha estadual contra a homofobia
Uma das atividades que deve movimentar o Estado, ainda em comemoração ao 17 de maio, é a Marcha Estadual Contra a Homofobia que vai acontecer no domingo, 20, com concentração na praça dos Girassóis em frente ao monumento 18 do forte.
Marina Galvão informou que a marcha é organizada nacionalmente em Brasília e o Tocantins sempre participa, mas este ano os movimentos que lutam pela igualdade de direitos no Estado, resolveram se articular e trazer o a luta para o âmbito estadual. “O dia não pode passar em branco, temos que pautar as demandas do LGBT no nosso Estado”, destacou ao informar que a marcha vai lembrar os mortos, vítimas da violência no Estado.
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