A primeira suplente de vereador do Partido Progressista (PP), Lúcia Alves, conhecida como Lúcia da Arnos, pediu desfiliação do partido nesta sexta, 4. Segundo informou, após sete anos no PP ela decidiu abandonar o partido e se filiar ao PSDB. “Não fui eu que mudei foi o partido que mudou”, destacou Lúcia ao falar sobre a atitude do partido em ser oposição ao governo Siqueira Campos.
Lucia informou ainda que foi candidata graças ao incentivo de Siqueira e no fim da eleição ficou como primeira suplente do PP na Câmara de Palmas. “Daí veio a vitória do governador e o PP rachou. O Siqueira ganhou e eu fiquei quieta”, destacou ao informar que nos 20 anos que está na Capital sempre trabalhou politicamente com a União do Tocantins.
Nomeação levou à expulsão
Em fevereiro deste ano, Lucia foi convidada para assumir a coordenação de Projetos Sociais na Secretaria de Habitação e segundo suas informações, após o PP ter tomado ciência de sua nomeação, há mais ou menos 15 dias, convocou uma reunião para expulsá-la do partido. “Quando assumi aqui na Secretaria de Habitação, o PP chamou uma reunião com um monte de gente e na ocasião leram uma carta que me expulsava”, informou.
De acordo com Lúcia, ela rebateu a expulsão e disse que o ato não cabia já que sempre desenvolveu um trabalho digno dentro do partido. “Eu disse que eles não podiam me expulsar, sou digna e nunca faltei com o respeito nas atividades partidárias”, ressaltou ao informar que a expulsão não foi concretizada já que apesar de a reunião ter muita gente, não houve quórum para deliberaração.
A desfiliação
Segundo Lúcia, depois da reuniã, com objetivo frustrado de expulsão, ela resolveu pedir a desfiliação. “Eu nunca fui informada que tinha que ser oposição ao governo Siqueira Campos. Se eu soubesse já teria pedido a desfiliação anteriormente”, informou ao destacar o seu desejo em colaborar com o governo.
“O meu desejo é trabalhar e colaborar com o governo Siqueira e com a comunidade. O povo precisa de gente que trabalha”, ressaltou.
A suplência de vereador
Questionada sobre o processo que o PP move contra o vereador Aurismar Cavalcante, que deixou o PP e se filiou ao PSDB, Lúcia informou que o processo foi uma iniciativa do partido para retomar a cadeira. “Eu nunca entrei com processo e nunca contratei advogado, o partido apenas me procurou perguntando se eu queria assumir a cadeira e eu estaria sendo doida se dissesse que não. Quem não quer assumir o cargo para representar a população”, destacou ao se referir aos votos que teve nas eleições de 2008.
PP se manifesta
O PP da Capital esclareceu mediante nota, que a desfiliação de Lucia e a ação que pede a retomada de mandato do vereador Aurismar Cavalcante por infidelidade partidária são distintas e independentes.
Segundo a nota, Lúcia pediu a sua desfiliação assim que a comissão de ética do partido estava dando início à abertura de processo para avaliar o seu comportamento, de ter assumido o cargo no Governo Estadual.
Quanto à ação de perda de mandato eletivo, a assessoria informou que é direito do partido requerer a vaga. Na oportunidade o PP informou ainda que em 2 de maio foi dado despacho para cumprimento das cartas de ordem e precatória, devidamente assinadas pelo relator, e em 30 dias todas as testemunhas devem ser ouvidas.
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