Magoado com recados para sair, Valtenis diz que sugerir alianças "não é crime"

O prefeito Valtenis Lino, presidente da ATM, falou ao Site Roberta Tum, por telefone na tarde desta sexta-feira após a reunião do partido, da qual saiu magoado com pelo menos três membros da executiva que falaram depois dele. "Pedir que analisassem o...

Os discursos do deputado Sandoval Cardoso (PMDB), Ítalo Pagano e especialmente do ex-deputado José Augusto - o mais inflamado dos três – sugerindo que quem não estiver satisfeito “pode sair” do PMDB, magoaram o prefeito de Santa Fé, Valtenis Lino (PMDB), presidente da ATM.

“Eu sempre respeitei muito o diretório do PMDB. Eu estou sofrendo pressão dos prefeitos desde dezembro, e neste tempo todo o PMDB dizendo que não tem candidato, o governador dizendo que não é candidato, o partido expulsando líderes do peso de Moisés Avelino e Marcelo Miranda”, argumentou ele, em entrevista ao Site Roberta Tum, fazendo um histórico dos últimos acontecimentos relacionados à sucessão.

A reação à sua sugestão de analisar as propostas dos pré-candidatos que já estão colocados (Siqueira Campos, Kátia Abreu e Raul Filho), foi considerada exagerada pelo prefeito, que questionou: “pedir que analisassem as propostas dos que já estão colocados não é crime. Se isso for motivo para sair do partido, o governador já deveria ter saído há muito tempo, por que nos últimos meses ele já declarou apoio a dois pré-candidatos que não são do PMDB”.

Marcando posição

Valtenis disse que a dúvida quanto à interpretação que a justiça eleitoral pode fazer das ações do governo através da Caravana Acelera, caso Gaguim dispute o governo, não é só dele. “O que eu disse é o que eu estou ouvindo de prefeitos, de vereadores, que são o para choque da política, são os que estão lá na ponta. Só que muitos deles não tem coragem de dizer na hora que é preciso”, revelou.

O presidente da ATM disse que a reunião de hoje, com a explanação destas posições foi positiva por que serviu para forçar o partido a tomar uma atitude. “Pelo menos serviu para o partido tomar posição. Se o PMDB não tiver candidatura própria, tem que ter o vice, e os dois senadores, além de candidatos a deputado em todas as micro-regiões”, defendeu.

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