Os discursos do deputado Sandoval Cardoso (PMDB), Ítalo Pagano e especialmente do ex-deputado José Augusto - o mais inflamado dos três – sugerindo que quem não estiver satisfeito “pode sair” do PMDB, magoaram o prefeito de Santa Fé, Valtenis Lino (PMDB), presidente da ATM.
“Eu sempre respeitei muito o diretório do PMDB. Eu estou sofrendo pressão dos prefeitos desde dezembro, e neste tempo todo o PMDB dizendo que não tem candidato, o governador dizendo que não é candidato, o partido expulsando líderes do peso de Moisés Avelino e Marcelo Miranda”, argumentou ele, em entrevista ao Site Roberta Tum, fazendo um histórico dos últimos acontecimentos relacionados à sucessão.
A reação à sua sugestão de analisar as propostas dos pré-candidatos que já estão colocados (Siqueira Campos, Kátia Abreu e Raul Filho), foi considerada exagerada pelo prefeito, que questionou: “pedir que analisassem as propostas dos que já estão colocados não é crime. Se isso for motivo para sair do partido, o governador já deveria ter saído há muito tempo, por que nos últimos meses ele já declarou apoio a dois pré-candidatos que não são do PMDB”.
Marcando posição
Valtenis disse que a dúvida quanto à interpretação que a justiça eleitoral pode fazer das ações do governo através da Caravana Acelera, caso Gaguim dispute o governo, não é só dele. “O que eu disse é o que eu estou ouvindo de prefeitos, de vereadores, que são o para choque da política, são os que estão lá na ponta. Só que muitos deles não tem coragem de dizer na hora que é preciso”, revelou.
O presidente da ATM disse que a reunião de hoje, com a explanação destas posições foi positiva por que serviu para forçar o partido a tomar uma atitude. “Pelo menos serviu para o partido tomar posição. Se o PMDB não tiver candidatura própria, tem que ter o vice, e os dois senadores, além de candidatos a deputado em todas as micro-regiões”, defendeu.
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