Marcha das Vadias acontece em Palmas em defesa da mulher e contra violência: cerca de 100 pessoas participaram

Com aproximadamente 100 pessoas, aconteceu na tarde desta quinta-feira, 12, a Marcha das Vadias em Palmas. Diversos movimentos participaram do evento, que defendeu a luta contra a violência feminina....

A Marcha das Vadias aconteceu na tarde desta quinta-feira, 12, em Palmas, e contou com a participação de aproximadamente 100 pessoas, de acordo com informações da Polícia Militar. A equipe do Site Roberta Tum acompanhou o movimento e segundo a coordenadora da Casa 8 de Março e uma das organizadoras do evento , Bernadete Aparecida Ferreira, a marcha teve como objetivo promover a luta contra todas as violências cometidas contra as mulheres.

“Estamos aqui para somar com as centenas de marchas que acontecem em defesa da mulher. A mulher sofre violência pela roupa que usa, por sua opção sexual, pelo trabalho que desenvolve, enfim a culpa da violência feminina é de quem agride uma mulher”, afirmou Bernadete.

Nos discursos foi defendida a imagem da mulher, com direitos iguais e contra o machismo imposto pela sociedade. Ainda foi abordado o papel da mídia na construção do estereótipo feminino de beleza e sensualidade.

Apoio à causa

Diversos movimentos sociais participaram do evento e de acordo o coordenador da União da Juventude Socialista- UJS, Carlos Elias de Oliveira, os estudantes apoiam a luta contra o machismo e a igualdade entre os sexos. “Estamos aqui porque acreditamos em um mundo melhor e essa união é para vencer as barreiras dos preconceitos impostos pela sociedade. Essa é uma luta contra o machismo e a favor da igualdade”, afirmou Oliveira.

Segundo Milena Lacerda, acadêmica do curso de serviço social da Universidade Federal do Tocantins- UFT, o machismo ainda é uma questão cultural. “Ainda estamos presos na imagem criada que a mulher é submissa ao homem. Criou a ideia que o homem é mais forte, superior e isso precisa ser quebrado. A cultura alimentada por esses pensamentos que formou o machismo e a desvalorização feminina”, afirmou.

Conscientização

Durante a Marcha muitas mulheres pintaram o corpo, usaram roupas curtas e gritaram por igualdade e respeito. As manifestantes carregaram faixas e cartazes com frases contra o preconceito e em favor do respeito e defesa pela igualdade. Ainda na ocasião a Secretaria de Saúde distribuiu preservativos, lubrificantes e folhetos explicativos sobre sexo. Para a coordenadora de DST Aids e Hepatites Virais, Samia Chabo, o evento também foi propício ao cuidado e conscientização dos participantes de ambos os sexos.

“Apoiar as ações sociais dos movimentos sociais é abranger todas as classes e aqui estamos em defesa das mulheres que são violentadas. A distribuição das camisinhas é para garantir a proteção feminina. A mulher deve ter sua liberdade respeitada e decidir com quer ter relações sexuais”, explicou Samia.

Origem da Marcha

Em janeiro do ano passado na Universidade de Toronto, no Canadá, os índices de abuso contra as mulheres aumentaram. Diante desta situação um policial mencionou que "as mulheres evitassem se vestirem como vadias, para não serem vítimas". Então surgiu a Marcha das Vadias, movimento internacional realizado por diversas pessoas em todo o mundo. No Brasil, o evento já aconteceu em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

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