O secretário de Administração Lúcio Mascarenhas, em reunião na manhã desta quinta-feira, 9, com a comissão de parlamentares estaduais, informou que na terça-feira, 14, às 16 horas vai reunir todos os sindicatos na Secad para apresentar uma nova agenda de trabalho e também um novo organograma para apreciação dos Sindicatos, sobre as progressões.
Segundo a deputada Josi Nunes (PMDB), ela, o líder do governo na Assembléia, deputado Osires Damaso (DEM), o deputado Eli Borges (PMDB) e o secretário de Administração Lúcio Mascarenhas estavam presentes na reunião e os sindicatos devem ser informados ainda nesta manhã sobre a reunião do dia 14.
Sugestão para progressões
A deputada Luana Ribeiro (PR), durante seu discurso na tribuna da Assembléia Legislativa na manhã desta quinta, informou que a título de colaboração, enviou um ofício ao secretário Lúcio Mascarenhas com uma sugestão de proposta para viabilizar as progressões horizontais e verticais dos servidores pertencentes ao Quadro Geral e da Saúde. Segundo a deputada, a proposta é para a alteração das Leis 1534/04 e 1558/05, respectivamente correspondentes aos Planos de Cargos e Carreiras do Quadro Geral e da Saúde.
Conforme Luana, o artigo “garante que os servidores que estão no final da tabela, sem progressão, e sem amparo na lei, possam ter seus benefícios garantidos, até que uma outra tabela seja implementada pelo Estado.” Ela ressaltou ainda, que o direito de evolução funcional “tem que estar dentro das condições financeiras do governo, respeitando as regras e os interstícios previstos na lei.”
Sindicatos flexíveis
O presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, destacou que com relação à tabela de progressões, os sindicatos estão com o diálogo aberto com o governo. “As entidades estão flexíveis e querem uma solução não só para hoje, mas também, para o pagamento dos direitos no futuro”, destacou.
Segundo Pinheiro, o que atrapalhou foi a interrupção de 60 dias no pagamento das progressões. “A alternância é o que está pegando. O que precisa de fato é ter um diálogo aberto e o governo apresentar números técnicos para que assim, os servidores possam fazer a contraproposta”, destacou.
“Queremos que o governo pague as progressões atrasadas e pedimos a abertura de uma nova tabela”, informou o presidente ao destacar que o diálogo precisa ser baseado em propostas concretas. “O governo traz os números e nós discutimos com a base”, ressaltou e informou ainda que o intuito da categoria não é obrigar o governo a tomar decisões que inviabilizem a administração.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado, Manoel Miranda, mais conhecido como Manoel do Sintras, informou que compreende a dificuldade do Estado, mas destacou que o Sindicato procurou os deputados diante da preocupação em garantir que o governo abra uma contraproposta sobre o pagamento das progressões. “Temos muitos servidores com carreirae queremos que o governo chegue a uma contraposta. Estamos abertos a negociações”, destacou.
Opção de greve
Segundo Manoel do Sintras, um grande problema enfrentado pela categoria é que além de não pagar, o governo também não negocia. “Temos cobrado todos os dias e queremos uma posição do governo”, destacou o presidente que informou que a partir do momento que uma categoria não recebe seus direitos os próprios funcionários podem optar por uma greve.
“Não queremos optar pela greve, mas a partir do momento que a categoria sentir que não recebe seus direitos, pode decidir pela paralisação que é um direito assegurado”, informou Manoel do Sintras ao destacar que hoje a categoria é a que tem um dos menores salários da carreira pública. “A diretoria não aceita este salário que a categoria recebe e a progressão é uma forma de melhorar as condições de vida do servidor”, ressaltou.
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