Membro de quadrilha que usava documentos falsos para fazer empréstimo é preso: funcionário do Detran é investigado

A Polícia Civil está investigando a participação de funcionário do Detran de Palmas na falsificação de CNH e outros documentos que seriam utilizados para contratar empréstimo em nome de servidor público no valor de R$ 32 mil. A Polícia prendeu um dos...

O funcionário público estadual identificado como W.G.L. procurou o Site Roberta Tum para denunciar ter sido vítima de um grupo de estelionatários que estaria atuando em Palmas e que falsificou documentos para realizar empréstimo em seu nome. O mesmo golpe poder estar ocorrendo com outros servidores públicos.

Segundo informou W.G.L., na manhã do último dia 14 de fevereiro, o funcionário público municipal teria falsificado sua identidade e carteira de habilitação para realizar empréstimo junto ao Banco Bom Sucesso no valor de R$32 mil reais, que seria sacado na agência do Banco da Amazônia.

Bancária percebe fraude

Segundo informou W.G.L. ele não estava em Palmas na data em que o estelionatário procurou a agência do Banco da Amazônia para realizar o saque e uma funcionária da secretaria de Agricultura teria identificado o farsante.

“Estava em Brasília quando recebi o telefonema do meu trabalho informando que havia uma pessoa se passando por mim para retirar uma quantia em dinheiro no Banco da Amazônia. No mesmo instante pedi que uma colega de trabalho se dirigisse até a agência para identificar o farsante”, ressaltou.

Após ser identificado o crime de estelionato um policial militar  que estava na agência no momento, deu voz de prisão ao falsário e o encaminhou para a central de flagrantes da Polícia Civil para interrogatório.

Auto de prisão

Segundo consta no auto de prisão, o falsário teria recebido de um funcionário do Detran de Palmas CNH, RG e outros documentos do funcionário W.G.L. para que sacasse o valor de R$32 mil reais, sendo que destes, R$3 mil seriam pagos pelo trabalho. No momento do atendimento uma funcionária do Banco desconfiou das atitudes do estelionatário além de diversos erros de gramática encontrados na ficha do Banco, sendo que havia se identificado como formado em nível superior.

“O contrato apresentava vários erros grotescos de português, bem como no seu cadastro o mesmo identificou como sendo de nível superior”, consta nos autos.

Falsificação

O servidor W.G.L. informou ao Site Roberta Tum que diversos documentos foram falsificados em seu nome como CNH, RG, comprovante de residência, contra cheque e cadastro para abertura de conta no Banco da Amazônia.

Ainda segundo as informações, no dia 2 de fevereiro foi protocolado junto ao Detran de Palmas o pedido de segunda via de CNH e que a habilitação teria sido entregue no dia 9, ou seja, uma semana após seu pedido. “Deram entrada no pedido de renovação de habilitação em meu nome com todos os dados idênticos a minha habilitação original, menos a foto que era do farsante”, frisou.

Segundo W.G.L.,que informou que vai entrar com processo contra o Estado e contra o Banco Bom Sucesso pelos danos causados, o farsante já foi solto por não possuir antecedentes criminais.

“Não tem condições funcionários do Detran falsificar um documento para realizar empréstimo em meu nome, o que é pior um banco emprestar dinheiro a um farsante sem ao menos investigar se a pessoa realmente é a proprietária dos documentos. Tive muitos prejuízos com este caso e vou na Justiça buscar os meus direitos”, afirmou.

Investigações e inquérito

Segundo a assessoria do Detran, o órgão já instaurou procedimento administrativo para investigar o possível envolvimento de funcionários na falsificação de CNH’s.

A ocorrência está registrada no 1º DP de Palmas e a delegada da Polícia Civil, Luciana Coelho Midlej, está investigando o caso. A delegada informou por meio da assessoria da Segurança Pública, que a falsificação de CNH’s foi confirmada, uma pessoa do Detran do Tocantins já foi afastada e que há mais pessoas envolvidas.

Ainda segundo as informações, a delegada não quis relevar o número de pessoas envolvidas na falsificação do documento e nem o nome do servidor afastado para não atrapalhar as investigações. O inquérito deve ser concluído em até 30 dias.

 

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