Genival Gonçalves Pereira, pai do adolescente Wellington G.R, de 12 anos que morreu na manhã desta quinta,1, por uma suposta infecção generalizada informou que vai entrar na Justiça para responsabilizar os médicos que teriam sido negligentes.
De acordo com informações de Pereira, o Hospital Geral de Palmas - HGP deve ser responsabilizado pela morte do menor, já que segundo ele seu filho não recebu o atendimento necessário. “Eu não vou descansar enquanto eles não pagarem pelo que fizeram com o meu filho, porque foi negligência dos médicos. Eu devo isso ao Wellington”, informou.
Segundo as informações do pai, Wellington teria sido levado por três vezes seguidas à Unidade de Pronto Atendimento Sul, por reclamar de dores no joelho e no quadril em conseqüência de uma queda que ocorreu enquanto jogava futebol.
De acordo com o que foi informado, o menor ficou sentando numa cadeira de rodas das 7h às 20h no corredor do HGP e houve descaso no atendimento, o que levou o menor a óbito. “Tenho certeza que se tivessem socorrido o menino a tempo ele estaria bem. Deixaram ele jogado numa cadeira de rodas, esquecido no corredor. É um descaso com o ser humano”, ressaltou um amigo da família.
MPE exuma corpo
Por meio de decisão judicial, o Ministério Público Estadual - MPE, conseguiu, no fim da manhã desta sexta-feira, 02, autorização exumação do corpo do jovem Wellington. A intenção do MPE é descobrir, exatamente, qual foi a causa da morte e até que ponto houve negligência média.
Logo no início da manhã, os coordenadores do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça - CAOP, das áreas Criminal e da Cidadania, Procurador de Justiça Marco Antônio Alves Bezerra e Promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery, respectivamente, e o Promotor de Justiça da área criminal, Erion de Paiva Maia, se reuniram com o diretor do HGP, Ronaldo Foloni, a fim de obter informações acerca da assistência prestada à vítima.
Segundo as informações da assessoria do MPE, o caso chamou a atenção do MPE, ao ser repercutido pela imprensa local, em que o pai, Genival Gonçalves Pereira, acusa o Hospital Geral de Palmas (HGP) de não realizar atendimento adequado ao filho.
Diante dos fatos, foi instaurado um inquérito policial e os membros buscaram, de imediato, ordem judicial para exumação do corpo, além de requisitar ao hospital a escala de plantão dos profissionais da saúde, a relação dos profissionais que prestaram assistência, o prontuário do menor, a classificação de risco do Pronto Socorro o relatório da comissão de revisão do óbito e o laudo da verificação do óbito.
O corpo do adolescente se encontra no Instituto Médico Legal (IML) da capital e ainda não há previsão de liberação para enterrá-lo novamente.
Abertura de sindicância
Segundo informou o Conselho Regional de Medicina- CRM foi aberto nesta sexta, 2, uma sindicância para investigar se os médicos envolvidos no caso foram culpados ou não. De acordo com informações da assessoria, o CRM tem 60 dias para dar posicionamento sobre o assunto. Conforme as informações devem ser verificados detalhes do atendimento como por exemplo, o que consta no obituário do menor.
A equipe do Site RT solicitou esclarecimentos da Secretaria de Saúde- Sesau e da Secretaria Municipal de Saúde- Semus, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. A equipe também buscou descobrir o nome dos médicos envolvidos, mas não obteve sucesso. Caso os profissionais queiram se manifestar o espaço continua aberto. (Monik Helen) (Atualizada às 17h40)
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