A segunda quinzena do mês de setembro, começo da reta final da campanha ao governo do Tocantins começa com o nítido crescimento nas ruas do governador e candidato à reeleição, Sandoval Cardoso(SD).
Com dificuldades para chegar aos 30 pontos nas pesquisas de intenção de votos realizadas ao longo do mês de agosto, Sandoval criou musculatura nos últimos dias e vive um bom momento, criado a partir de alguns fatos recentes gerados por acertos seus e turbulências na campanha adversaria.
A mudança de tom no discurso do candidato agradou a militância governista, que estava entorpecida pelo próprio ritmo adotado no começo da campanha. Está prevalecendo neste momento, nos palanques e na TV, a velha máxima dos filmes de cowboy: se é pra morrer no final, melhor morrer atirando.
Ao atacar Marcelo Miranda, como tem feito, Sandoval pode não retirar do oposicionista os votos consolidados, mas motiva sua própria militância a reagir e avança sobre os indecisos.
Por outro lado, o afastamento de Marcelo Lélis, pelo indeferimento de seu registro no TSE, da chapa majoritária da coligação “A Experiência Faz a Mudança”, já se faz sentir. É um baque para quem vinha voando em céu de brigadeiro, mesmo numa campanha em que a chapa majoritária sobrevive quase sem dinheiro, realidade visível, pelo menos até hoje, na campanha oposicionista.
Manter o eleitorado de Lélis passa a ser o desafio da chapa que era MMK, e pode passar a ser MCK até o final do dia, a se confirmarem todas as conversas que evoluíram no final de semana.
Aproveitando a maré alta, Sandoval acelera a campanha de rua. Seu maior desafio é o fato de ser pouco conhecido e claro, ter sua imagem associada a tudo que deu errado no governo que herdou de Siqueira.
Se para uma coisa não há remédio, para enfrentar a outra o governador candidato corre contra o tempo.
Se este momento de crescimento vai permanecer, ou se Marcelo Miranda - que segue bem na frente nas intenções de voto - vai conseguir segurar o sentimento das ruas que lhe confere a liderança, é coisa que os próximos dias vão mostrar.
Uma coisa é fato e os fatos falam por si: o momento da campanha é positivo para os governistas e favorece Sandoval.
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