Um policial civil e três policias da Companhia Independente da Polícia Militar Ambiental -Cipama teriam invadido a fazenda Wantelô, no município de Almas, sem mandado judicial e espancado o vaqueiro da propriedade, Alonso Francisco de Oliveira.
A informação foi passada ao Site Roberta Tum pelo sobrinho do proprietário da fazenda, Milner Barbosa Pacini, que informou que registrou Boletim de Ocorrência na delegacia do município. “O motivo que levaram eles a fazer isso é porque o Alonso tinha denunciado que uma fazenda vizinha da nossa estava roubando gado de outras propriedades. Diante disso, o proprietário se sentiu ofendido e entrou em contato com a Cipama alegando que estávamos retirando madeira de leis sem autorização”, explicou Pacini.
Segundo Pacine, na abordagem,os policiais obrigaram o vaqueiro a entrar na viatura e o levaram para um local desconhecido, onde o machucaram para que o mesmo assumisse que estava retirando a madeira. “Mesmo ele não assumindo a culpa o levaram para a delegacia da cidade e o prenderam por mais de três horas. Eu acho um absurdo o que fizeram com ele, os policias foram agressivos, além de não apresentarem um mandado judicial”, contou o sobrinho do proprietário.
Contradição
Ao Site Roberta Tum o delegado de Almas, George Luiz Martins Dias, afirmou que foi feito exame de corpo de delito no vaqueiro, mas não foi identificada nenhuma lesão. “Já estou até com o laudo em mãos e não encontramos nada”, afirmou o delegado.
Ainda segundo o delegado, as informações passadas pelo sobrinho do proprietário da fazenda não procedem. “Recebemos uma denúncia anônima que a fazenda estaria retirando madeira de lei ilegalmente e acionamos a Cipama. Foram encontrados 12 metros de madeira e como eles não tinha autorização do órgão competente os proprietários foram autuados”, finalizou o delegado.
A Sargento Maria de Fátima Bezerra, que coordenou a operação também negou as acusações. “O vaqueiro Alonso não pediu mandato judicial e mesmo se fosse solicitado, diante de uma operação como essa não se faz necessário apresentar documentação”, explicou a Sargento.
Ainda de acordo com informações passadas por Maria, o vaqueiro, espontaneamente, adentrou na viatura para mostrar onde estaria sendo retirada a madeira. “Depois disso o levamos para a delegacia para fazer os procedimentos de infração e termo de apreensão da madeira e notificamos o proprietário”, informou a Sargento.
A Sargento negou, também, que o vaqueiro tenha ficado preso. “O Alonso ficou na recepção sentado e isso não durou 10 minutos”, finalizou.
Cipama e Civil explicam
A assessoria da Cipama informou que não pode se pronunciar sobre o assunto enquanto não for comprovado que os policiais transgrediram o regulamento disciplinar. Ainda segundo a assessoria, caso isso tenha ocorrido uma sindicância será aberta para investigar a participação dos servidores
Já a Polícia Civil informou que como nos exames de corpo de delito não foram constadas lesões no vaqueiro, o policial envolvido na apreensão da madeira não será punido.
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