Moradores da 208 Norte acusam menores da Unidade de Semiliberdade de praticar roubos: três fugiram na semana passada

Na quadra 208 Norte, moradores reclamam que a segurança do local está ameaçada desde que a Unidade de Semiliberdade foi implantada no local. De acordo com o engenheiro Geraldino Gustavo de Queiroz Teixeira, morador da quadra, e que teve sua casa assa...

Moradores da quadra 208 Norte alegam falta de segurança e perturbação da paz causada por menores que cumprem medidas socioeducativas na Unidade de Semiliberdade de Palmas. O engenheiro Geraldino Gustavo de Queiroz Teixeira, que teve sua casa assaltada no último dia 30, fato já veiculado pelo Site Roberta Tum, afirmou que, os moradores da quadra se sentem inseguros desde que a Unidade passou a funcionar na quadra, pois o número de assaltos aumentaram e a insegurança também.

De acordo com informações repassadas pelo morador antes de sua casa, um mercado da quadra também foi assaltado por dois menores da Unidade e ao ir reconhecer se os adolescentes eram os mesmos que entraram em sua residência, foi informado que três menores havia fugido da Unidade.

O engenheiro afirmou também que vários vizinhos já foram vitimas dos menores e se sente injustiçado com a impunidade dos menores soltos. “Quero que alguma coisa seja feita, não é certo isso. Minha família corre perigo, os moradores todos estão expostos ao perigo. Tantos outros crimes já aconteceram e continuam impunes”, afirmou.

Tentando sair

De acordo com a advogada Vitamar Pereira Luz Gomes, que mora ao lado a Unidade, por diversas vezes, ela já presenciou menores tentando pular o muro de sua casa para sair do local. A advogada afirmou também que os menores jogam objetos no seu quintal para atingir as duas cachorras que possui.

“Eles não tem horário para sair da Unidade. E quando minhas cachorras começam a latir eu sei que é porque eles estão tentando pular o muro, já presenciei muito isso. Várias vezes já recolhi sapatos deles, pedaços de pau com pregos e outros objetos que eles jogam no meu quintal”, informou a advogada.

Vitamar contou que já procurou a coordenação da Unidade por diversas vezes para pedir providência sobre o caso, mas não obteve resultados. Após isso, segundo informações da advogada, ela fez uma reclamação por escrito e apresentou aos coordenadores, que alegaram que mesmo sendo uma vizinha próxima não corre perigo.

Abaixo assinado

A moradora afirmou que procurou o 1º DP e registrou um boletim de ocorrência (BO), mas até o momento, não houve nenhuma mudança. De acordo com a moradora, outros moradores que passam por situações semelhantes também foram à delegacia e registraram o Boletim de Ocorrência, mas até o momento, continuam sem respostas.

Mobilização

Vitamar explicou que reuniu os BO dos moradores e agora irão se reunir para tentarem uma mobilização maior e pedir a retirada da Unidade da quadra e uma das opções é fazer um abaixo assinado. “Vamos tentar outras medidas, todos corremos perigo, por que do jeito que está não pode continuar. Nossa meta com a mobilização é que a Unidade seja retirada da quadra”, declarou.

Secretaria explica

A assessoria de comunicação da Secretaria de Cidadania e Justiça confirmou que os menores continuam foragidos e que o caso foi encaminhado ao Juizado de Infância e Juventude para que o mesmo tome as providências cabiveis. A secretaria informou também que os jovens possuem acompanhamento de uma equipe técnica multidisciplinar composta por psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, pedagogos e o atendimento será intensificado para que haja a redução desses atos.

Em relação aos horários o Órgão informou que por se tratar de regime semiliberdade os menores podem sair para trabalhar e estudar em períodos diferentes o que pode justificar o fluxo de entrada e saída dos adolescentes em horários diferentes.

A Secretaria informou ainda, que a Unidade tem novo coordenaor desde o mês de abril e até o momento não foi notificada de nenhuma reclamação de moradores em relação aos menores.

 

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