Morte de menor espancado nas Arnos leva família a questionar demora no atendimento no HGPP e descaso da polícia

Ao morte de Felix Júnior Martins da Silva, de 16 anos, treze dias após ser espancado no ponto de ônibus no dia 1° de dezembro, na região das arnos, entre 405 e 407 Norte provocou esta semana, a acusação pela família do rapaz, de demora no atendimento...

O adolescente Félix Júnior Martins da Silva foi espancando no último dia primeiro na região das arnos, entre a 405 e 407 norte e morreu na noite do último dia 14. Segundo Cristiane Soares Martins, mãe da vítima, o filho teria reagido ao assalto onde os bandidos queriam roubar o celular e a carteira do transporte coletivo. Cristiane contou ainda ao Site Roberta Tum que procurou pelo filho em diversos locais, ligou para polícia que se negou ajudá-la argumentando que não recolhia menores e como última opção foi ao hospital.

Cristiane disse ainda que encontrou muitas dificuldades no atendimento do Hospital Geral de Palmas (HGPP) pela demora. Segundo a mãe, seu filho foi internado na UTI do Instituto Ortopédico de Palmas (IOP) depois de esperar mais de 20 horas por uma vaga na UTI do HGP.

“O tratamento no hospital foi o pior possível, vi meu filho jogado num canto tomando soro, sem nenhuma atenção. Ele não foi atendido. Estava sujo, muito machucado, com a cabeça bem inchada, sentia muita dor e o que o povo do hospital falou que ele não tinha identificação. Se tivessem atendido ele logo teria mais chance de estar vivo”, contou a mãe do adolescente.

Ainda segundo Cristiane falta maior empenho da  polícia em correr atrás dos culpados. “Se tivesse condições financeiras iria recorrer a advogados particulares, pois a justiça tem que ser feita e já sabemos quem são os culpados, mas a polícia não faz nada”, conta Cristiane

Entenda os fatos segundo a família

Segundo Cristiane,  Felix era um menino tranqüilo, de poucas amizades e tinha ido à casa da namorada na noite que foi espancado. Ao ter percebido que o filho não retornara para casa, entrou em contato com a namorada, com alguns amigos e logo depois procurou a polícia que alegou não recolher menores, por isso não poderia ajudá-la.

A mãe do adolescente contou que localizou o filho no HGPP por volta das 6h20 do dia seguinte e que havia sido levado pelo SAMU, mas que a demora por atendimento com procedimentos específicos foi justificada pelo hospital com o argumento de que o rapaz teria chegado sem nenhuma identificação.

Segundo Cristiane, seu filho ficou esperando por mais de 20 horas uma vaga na UTI do Hospital Geral de Palmas e logo em seguida foi transferido para uma UTI no IOP, motivo pelo qual acredita que seu filho tenha vivido por mais 13 dias.

Cristiane informou que teme que esse seja mais um caso que os culpados ficarão soltos, pois já apontou alguns suspeitos e provas, mas a polícia não se manifestou. (Colaborou Thaise Marques)

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