Moura Filho diz que ao impedir sua reeleição Villas Boas foi motivado pela ambição: desembargador estuda recorrer

O desembargador Moura Filho que nesta sexta-feira, 1º, foi impedido de concorrer à reeleição para a presidência do TRE por meio de liminar concedida pela ministra corregedora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nancy Andrighi, falou ao Site Rober...

Em entrevista ao Site Roberta Tum na manhã deste sábado, 2, o agora vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral – TRE, desembargador José Moura Filho, falou sobre a liminar concedida pela ministra corregedora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nancy Andrighi, que o impediu de concorrer à reeleição à presidência da Corte nesta sexta-feira, 1º.

O desembargador caracterizou o ocorrido como uma situação inédita e absurda. “Essa situação é no mínimo inédita porque a Casa que cuida da justiça eleitoral sobe ao comando um membro que não foi eleito”, disse o desembargador.

De acordo com Moura Filho, ele concorreu a reeleição porque anteriormente Villas Boas havia dito que não tinha interesse na presidência do TRE. “ Eu concorri porque ele me disse que não tinha interesse na presidência que ele preferia presidir em 2014. Ele havia dito que  eu ficaria com a presidência, mas depois que ele veio para cá como membro do Tribunal, inclusive com o meu voto, ele mudou de idéia e decidiu concorrer”, contou o desembargador.

Ainda de acordo com o desembargador, ele respeita a decisão monocrática da ministra, mas afirmou que pensa em recorrer da decisão. “Essa decisão não é pacífica nos tribunais superiores, tem ministro que entende de outra forma porque o artigo 102 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) não se aplica ao TRE e sim ao Tribunal de Justiça. Então estou pensando em recorrer ao menos para segmentar no Tribunal o que pode e o que não pode ser feito”, disse o desembargador.

Motivo

Questionado se a atitude de Villas Boas, que foi quem consultou o TSE a respeito da reeleição de Moura Filho, teria caráter pessoal, o desembargador disse que não acredita nisso, mas destacou que a ambição pelo poder é o motivo maior. “Eu não acredito que isso tenha sido pessoal, o problema é que a ambição pelo poder é um motivo maior. O que aconteceu foi uma situação esdrúxula, mas a gente tem que aceitar”, frisou o desembargador.

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