MPE denuncia oito presos na Operação Candy Shop por tráfico interestadual, venda e transporte de drogas

O Ministério Público Estadual denunciou oito pessoas presas na Operação Candy Shop, da Polícia Federal por tráfico interestadual, venda, transporte e associação para o tráfico de drogas. Para oferecer a denúncia, o MPE se baseou em dados do Inquérito...

O promotor de Justiça substituto, Daniel José de Oliveira Almeida, denunciou oito pessoas presas na Operação Candy Shop, da Polícia Federal. Os denunciados foram Thiannine Nunes Martins, 33, e seu irmão Thiago Nunes de Souza Martins , 26, Leandro Ferreira Maciel, 22, José Lucas Palhares Barbosa, 19 anos, e seu pai José Nelson Andrade Barbosa (conhecido como Zé Nelson), de 51 anos, Giselle Nunes Veiga, 21, Raniere, 31 anos, e Ademar de Figueiredo Filho (Ademarzinho), 26.

Eduardo Borges Monteiro, de 26 anos, e Marcus Vinícius Castro Vitoriano, 22 anos, presos na mesma Operação foram levados a julgamento no mês passado. Eduardo foi condenado a oito anos de prisão, enquanto Marcus Vinícius teve a denúncia de tráfico desqualificada.

O Ministério Público denunciou os acusados por tráfico interestadual, venda, transporte e associação para o tráfico de drogas. A denúncia do MPE foi protocolada na 4ª Vara Criminal de Palmas, no último dia 2 de abril.

Denúncia

Na denúncia, o Ministério Público se baseia em dados do Inquérito Policial, no qual segundo informações do MPE, foi constatado, através das investigações empreendidas pelo Departamento de Polícia Federal no Tocantins, que no período de julho a agosto de 2011, os denunciados Thiannine Nunes Martins e Thiago Nunes Martins associaram-se para o fim de fornecer drogas sintéticas em Palmas, tendo como público-alvo usuários da Capital.

Segundo informações contidas na denúncia, Thiannine adquiria entorpecentes – cocaína e ecstasy – junto ao denunciado Thiago Nunes Martins – o qual reside em Goiânia/GO – e transportava as drogas de Goiânia até Palmas para fornecê-las aos denunciados José Lucas Palhares Barbosa e José Nélson Andrade Barbosa – que seriam usuários e traficantes.

Já os denunciados, Leandro Ferreira Maciel e Giselle Nunes Veiga, segundo informações do MPE, eram amigos no período de julho a outubro de 2011, na cidade de Palmas e associaram-se para o fim de fornecer e vender drogas em vários estados da Federação. Já o denunciado Ranyere, segundo a denúncia, também fazia parte do esquema juntamente com o casal de denunciados para fornecer a eles drogas originadas de Goiânia para comercialização em Palmas.

O caso

A Operação Candy Shop, voltada à repressão do tráfico interestadual de drogas e associação para fins de tráfico foi deflagrada no Tocantins e em Goiás no último dia 6 de março. Na ocasião, foram executados 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal de Palmas.

Os mandados foram cumpridos em Palmas, Goiânia e São Miguel do Araguaia/GO, sendo empregados mais 70 policiais federais das Superintendências de Tocantins e Goiás e da Delegacia de Polícia Federal de Araguaína.

Na operação foram apreendidas diversas substâncias entorpecentes, como ecstasy, LSD, cocaína e maconha. As investigações revelaram que a organização criminosa era responsável por abastecer usuários das classes média e alta na capital tocantinense, principalmente quando da realização de shows e festas na cidade.

A Operação Candy Shop (casa de doces em inglês) recebeu esse nome por fazer alusão à forma como os traficantes se referiam às drogas que vendiam, chamando ecstasy de “bala” e LSD de “doce”.

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