MPE pede quebra de sigilo telefônico de acusados de matar Vanthieu: órgão quer antecendentes criminais

Os acusados de executar o oficial de justiça Vanthieu Ribeiro da Silva já foram citados pelo Justiça e o processo está na fase onde se aguarda que as defesas sejam apresentadas. O MPE pede que os réus sejam condenados por homicídio triplamente qualif...

O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou a Justiça que requeresse à autoridade policial a quebra do sigilo telefônico de Mário Ferreira Neto, Carlos Marconi e Joaquim Simões, do período de 20 de fevereiro à 20 de abril de 2011. Ambos são acusados de participação na morte do Oficial de Justiça Vanthieu Ribeiro da Silva. Consta na recomendação, que seja apurado possíveis contas bancárias que teriam sido usadas para a movimentação de valores.

Foi solicitado ainda, conforme a denúncia do MPE, que fosse pedido junto às Secretarias de Segurança Pública dos Estados do Tocantins, Pernambuco, Pará e Goiás, a folha dos antecedentes criminais dos denunciados e também certidões criminais de atos praticados.

Prazo para defesa

Os mandados para que os cinco acusados de executar o Oficial de Justiça apresentem defesa já foram expedidos pela Justiça através do Fórum de Miracema. Segundo as informações, o processo está na fase onde se aguarda por um prazo de 10 dias as respostas dos acusados e caso não apresentem, é designado um defensor público para a defesa.

Roberto Martins dos Reis, que atualmente está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas, Délio Ferreira Filho, Joaquim Simões Neto, Mário Ferreira Neto e Carlos Marconi Paes foram os acusados pela morte do oficial de justiça. O Ministério Público requereu a Justiça a condenação dos denunciados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Os crimes podem levar a até 30 anos de detenção.

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público, Délio e Roberto teriam matado Vanthieu, “agindo de forma consciente e voluntária”. Consta ainda na denúncia que os outros três acusados tenham planejado e ordenado a execução do oficial de Justiça sendo que Mário teria pago R$ 10 mil reais como preço da execução encomendada.

Entenda o caso

O oficial de Justiça Vanthieu Ribeiro foi encontrado morto em março do ano passado e foi a partir do ocorrido que a Polícia Civil iniciou a Operação Inconfidente, que investiga a participação de oito pessoas, entre elas uma promotora de Justiça e uma juíza, em um suposto esquema de fraude para resgate de dinheiro em contas bancárias de pessoas falecidas.

O corpo do oficial de justiça foi localizado às margens da TO – 010, no lago próximo a Lajeado, no dia 25 de março do ano passado, com marcas de violência e um tiro na cabeça. Segundo testemunhas, o rosto de Vanthieu estava desfigurado e sua identificação, pela família, foi possível pelas roupas que usava e pelos dois celulares que estavam no bolso. (Atualizada 17h04)

 

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