MPE solicita instauração de inquérito para apurar desaparecimento de jovens na Capital: PM deve concluir sindicância em 30 dias

O MPE encaminhou ofício solicitando a instauração de um inquérito policial militar para apurar o desaparecimento de Lucas Carvalhinho Oliveira, 15, e do primo dele, Adriel Oliveira Marques, 18. Segundo denúncias da família, os dois jovens foram vist...

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor de Justiça com atuação militar, José Eduardo Sampaio, solicitou ao Comando da Polícia Militar a instauração de inquérito para apurar o desaparecimento de Lucas Carvalhinho Oliveira, 15, e o primo dele, Adriel Oliveira Marques, 18, de quem as famílias não tem notícias desde o último dia 8. Segundo as informações, a solicitação já foi encaminhada para o Comando e somente após as investigações deve ser decido se será ou não oferecida denúncia.

De acordo com a família, os dois jovens foram vistos no último dia 8 após deixarem o setor Santa Fé rumo à quadra 403 Sul para visitar um amigo. Conforme contou a mãe de Lucas, Marli Carvalhinho Oliveira, a única notícia que a família teve até agora sobre o paradeiro dos jovens veio de duas testemunhas que teriam visto policiais da Rotam abordando e levando os dois garotos em uma viatura em direção ao lago de Palmas.

“Já procuramos em todos os lugares possíveis, mas a informação que temos é a de duas pessoas que viram eles sendo agredidos e levados pela Rotam da praça da quadra 303 Sul. Depois disso, procuramos a polícia para nos ajudar nas buscas, mas não tivemos apoio”, informou a mãe.

PM abre sindicância

Segundo o Tenente Coronel Humberto Costa Parrião, até o momento nenhum documento do MPE, que trata do assunto, chegou a sede do Comando. “Não recebemos nenhum documento do MPE, mas com base nas denúncias feitas pela família que veio até o Comando falar sobre o assunto, a PM instaurou uma sindicância para apurar se houve ou não a participação de policiais militares no desaparecimento dos jovens. Não temos o objetivo de esconder nem apoiar esse tipo de conduta”, afirmou.

De acordo com o Coronel, o prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias podendo ser prorrogado por mais 30 se houver necessidade. “Neste primeiro momento, segundo informou, serão ouvidas as famílias dos jovens e as testemunhas que acusam os policiais da Rotam de levar os desaparecidos e caso fique evidenciado a participação de militares será feita uma vistoria na viatura usada na abordagem e ouvidos os policiais que atuavam no dia do ocorrido’, informou.

O Coronel ressaltou, ainda, que a sindicância serve apenas para investigar se houve, realmente, a participação dos PM´s, pois as demais investigações são de competência da Polícia Civil. Já em relação as buscas que a família alega não ter tido apoio da polícia, o Coronel declarou que a PM não tem como dar continuidade a uma operação onde não há indícios dos fatos nem provas suficientes de que a abordagem foi feita pelos policiais da Corporação.

Contato

Caso alguém tenha notícias dos desaparecidos pode entrar em contato com a família pelos telefones (63)3224-1913, 8442-6143 ou 9213-5387. (Dermival Pereira)

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