MPF denuncia seqüestradores de gerente da Caixa

No último dia 17, o Ministério Público Federal denunciou os três criminosos envolvidos no seqüestro e tentativa de latrocínio da gerente da Caixa Econômica Federal de Paraíso do Tocantins. O crime ocorreu em janeiro desde ano. José Nilson Rocha Duran...

O Ministério Público Federal no Tocantins ofereceu na última quarta-feira, 17, denúncia contra José Nilson Rocha Durans, Valdemir Laurindo Flores e Maurício Laurindo Flores, acusados de extorsão mediante seqüestro e tentativa de latrocínio em episódio envolvendo a gerente da Caixa Econômica Federal de Paraíso do Tocantins. A denúncia também ressalta a periculosidade dos acusados, que já foram indiciados, presos e condenados pelos mesmos crimes, além de tráfico de drogas.

Nilson está sujeito às penas previstas no artigo 159, que enquadra extorsão mediante seqüestro qualificado, combinado com o artigo 62, organizar ou dirigir a atividade criminal dos demais agentes ambos do Código Penal, combinado com o artigo 157 na forma do artigo 14, inciso II, tentativa de latrocínio. Valdemir e Maurício podem ser condenados por extorsão mediante seqüestro qualificado e tentativa de latrocínio. Valdemir ainda responderá por falsificação de documento público (artigo 297 do Código Penal).

Entenda o caso

Segundo a denúncia, no dia 14 de janeiro deste ano, às 7 horas, José Nilson e Valdemir invadiram a residência da gerente da CEF de Paraíso do Tocantins, portando um revólver calibre 38 e uma arma de brinquedo. Após cerca de 40 minutos, Maurício se juntou aos demais comparsas, com outro revólver calibre 38. Três funcionários da família, que chegaram na residência também foram feitos reféns e colocados no quarto do casal, onde já estavam os familiares da gerente, todos amarrados com pedaços de pano.

O objetivo do seqüestro era obrigar a gerente a colaborar com o roubo à agência onde trabalhava. Para executar o roubo, Valdemir e José Nilson levaram a gerente até sua agência utilizando um automóvel e uma motocicleta da família, enquanto Maurício permaneceu na casa, ameaçando os familiares e os funcionários. No caminho para a agência, a gerente foi obrigada a esconder em sua bolsa o revólver e a arma de brinquedo, para que fossem introduzidos na agência, sem levantar suspeitas do vigilante. Os acusados mandaram aos funcionários do banco agir naturalmente, pois pretendiam render o tesoureiro.

Para alertar quanto à ocorrência do roubo e pedir socorro, o vigia passou a tratar os funcionários que chegavam de forma ríspida. Desconfiados, os que ficaram do lado de fora da agência acionaram a Polícia Militar, a empresa de segurança e o setor responsável pela segurança institucional da CEF.

Um sargento da polícia militar que entrou na agência para impedir o assalto foi baleado na boca, no ombro, na virilha e na coxa, ficou gravemente ferido. Valdemir também foi atingido na troca de tiros e conduzido ao Hospital Geral de Palmas após se render, junto com José Nilson. Ambos foram presos em flagrante.

No ato da prisão, Valdemir portava documentos públicos falsificados, em nome de outra pessoa, alterados com a substituição da fotografia. Interrogado, ele confessou haver comprado os documentos originais e substituído as fotos para despistar eventual fiscalização policial, pois era foragido da Justiça. (Com informações da Ascom  Procuradoria da República no Tocantins)

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