Na Câmara, Milton Neris critica Lelis por responsabilizar município pelos problemas na saúde: "erro está no governo"

Na sessão da Câmara desta quarta, 28, os vereadores debateram os problemas da Saúde. Na ocasião, o vereador Milton Neris (PR) afirmou que pessoas tem morrido na fila por falta de UTI no HGP e criticou o deputado Marcelo Lelis (PV) por responsabilizar...

A saúde no Tocantins voltou a ser debatida na sessão da Câmara desta quarta-feira,29. Na ocasião, o vereador Milton Neris (PR) afirmou que por causa da falta de UTI no Hospital Geral de Palmas-HGP pessoas tem morrido na fila esperando atendimento. “Desde quando a saúde foi privatizada o povo tem morrido esperando ser atendido. Isso é um absurdo, precisamos discutir o problema para melhorar essa situação. Queremos uma resposta da Secretaria de Saúde”, informou.

Em sua fala, Neris afirmou que o deputado Marcelo Lelis (PV) está colocando a responsabilidade do HGP no município e que o deputado presisa reconhecer que o problema está no governo. “Fiz uma busca e verifiquei que o deputado Marcelo na gestão do ex- governador Carlos Gaguim (PMDB) lutava pela melhoria da saúde, e agora o que ele tem feito? O Marcelo Lelis prefere colocar a culpa do caos da saúde no município. Ele precisa reconhecer que o problema está no governo ”, informou.

De acordo como o vereador “O povo do Tocantins elegeu o governo que disse que ia resolver o problema da saúde e não resolveu. Já passou mais de um ano e o povo continua nos corredores do Hospital Geral de Palmas.O HGP está como o Big Brother: cada dia elimina um”, comparou.

Neris também questionou a reserva de um leito de UTI no Hospital, que foi constatada pelo MPE. “Precisamos saber para quem estava reservado o leito da UTI, conforme constado pelo Ministério Público. A Prefeitura nunca deixou faltar atendimento na área de saúde e repassa R$ 3,3 milhões mensalmente ao HGP", destacou.

Solidariedade

O vereador Lúcio Campelo (PR) também se manifestou e afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser revisto e que que os recém-formados em Medicina não querem ir para o interior. “Estamos transferindo a responsabilidade unicamente ao poder público. Não é porque o governador disse que ia resolver o problema que tem de fazer isso de uma hora para a outra”, disse Campelo, prestando solidariedade ao governador Siqueira Campos.

O parlamentar também lembrou que o governador, tentando melhorar a saúde, já trocou de secretário três vezes e defendeu, também, o fato de o prefeito Raul Filho, até agora, não ter construído os dois hospitais. Segundo Campelo, faltaram recursos.

Investimento

Na ocasião, o vereador Fernando Rezende (DEM) afirmou que "há dinheiro para investir na saúde, só que esse dinheiro está sendo mal gerido ou desviado". “Falta competência para gerir esses recursos. Esperamos que o prefeito Raul Filho (PT) cumpra o seu compromisso, porque acreditamos que o governo está tentando melhorar a saúde”, ressaltou.

Já o presidente da Câmara, vereador  Ivory de Lira (PT) caracterizou como "uma idéia arcaica"  terceirizar a saúde. “E por causa dessa decisão a coisa foi complicando tanto, a ponto do Estado ter que voltar atrás. O governo precisa assumir que errou feio, e que tentando melhorar a saúde encontrou o caminho errado.É preciso fazer algo urgente e não atribuir ao município esse problema”, finalizou.

Mudança de horário

Ainda nesta manhã, a vereadora Divina Márcia (PTN) propôs que as sessões  passem a ocorrer as 9 horas e não as 10, como vem acontecendo. “Queremos propor que se mude o horário de 10 horas para as 9 horas , isso facilitaria o trabalho da Casa como um todo e também o trabalho dos funcionários”, informou.

Já a vereadora Cirlene Pugliese(PMDB) afirmou que se o horário for alterado os vereadores e funcionários serão beneficiados. “Ao iniciarmos os trabalhos mais cedo vamos produzir mais e atender as pessoas após a sessão. A população passará a estar presente com mais freqüência na sessão”, afirmou.

Diante da solicitação, o presidente Ivory de Lira marcou uma reunião para esta quinta-feira, 29, para debater a possibilidade de mudança do horário.

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