Na tribuna, Damaso diz que foi perseguido e injustiçado no PDT e por isso mudou de partido: Carlos Braga e Cavalcante apoiam vereador

O vereador Hermes Damaso (PR) usou a tribuna para falar da decisão do TRE que cassou o seu mandato. Na ocasião, o vereador questionou o direito a liberdade de escolha e destacou que foi perseguido e injustiçado dentro do PDT e por isso pediu a desfil...

Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ter cassado o mandato do vereador Jose Hermes Damaso, hoje pertencente ao  PR, por infidelidade partidária por ter saído do PDT, o vereador usou a tribuna na manhã desta terça, 22, e afirmou que apesar de não ter recebido a notificação oficialmente, não pode concordar com a decisão. “Não posso concordar, mas se assim tiver que ser eu respeito por ser uma decisão colegiada”, destacou.

Na oportunidade, Damaso informou que vai recorrer da decisão. “Vou recorrer até as últimas conseqüências jurídicas para rever esta decisão”, destacou ao informar que se o Tribunal Superior Eleitoral – TSE entender que ele deve perder o mandato, sai com tranqüilidade. “Se eu tiver que sair eu saio com tranqüilidade, mas por infidelidade partidária e não por falta de ética”, destacou.

Injustiça

Segundo o vereador, ele foi injustiçado no PDT e por isso decidiu pedir a desfiliação. Na ocasião, o vereador destacou que foi vítima de perseguição dentro do diretório metropolitano, por fazer parte do diretório estadual. “Fui descriminado e por eu ser membro do diretório estadual eles entenderam que eu era privilegiado”, destacou o vereador ao informar que “não negocia com a sua dignidade”.

Garantia do direito à liberdade

“As pessoas que detém mandatos, se tornam refém dos dirigentes”, foi o que disse o vereador ao informar que não admite que o seu direito de liberdade seja retirado.

Na ocasião, Damaso lembrou a época da ditadura militar quando não se tinha o direito de escolher o partido ou a bandeira de luta que iria defender. “O dia que o direito de se agremiar a qualquer partido político não for permitido voltamos à época da ditadura militar”, destacou ao informar que escolheu o PR porque o partido lhe deu espaço para mostrar o seu trabalho.

Vereadores solidários

O vereador Aurismar Cavalcante (PSDB), que também deve ser julgado no TRE por infidelidade partidária, já que deixou o PP e foi para o PSDB, declarou seu apoio ao vereador Damaso. “Acredito que enquanto não for transitado em julgado não há o que temer”, destacou ao se dirigir ao vereador dizendo que “ano que vem, se o seu mandato lhe for retirado, o senhor está de volta porque o senhor tem trabalhado para isso”.

O vereador Calos Braga (PMDB) também demonstrou solidariedade a Damaso e destacou que vê uma omissão na lei. “Com relação a fidelidade, a lei é omissa, sabemos que o Damaso não tinha mais espaço dentro do partido”, destacou Braga ao questionar o porque de se tirar o mandado de alguém eleito com quase 3 mil votos.

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