Foi uma gestão tumultuada pelo caos chamado HGPP. Pela falta de rapidez na aquisição de medicamentos. Pelos problemas com fornecedores. Mas para cada um desses problemas, a ex-secretária deu seu jeito de encontrar soluções.
Com toda artilharia contrária, fez a melhor passagem dos secretários que ocupam a pasta desde o começo do governo Siqueira. Pena que se despede sem colocar uma pedra nas obras dos principais hospitais prometidos pela gestão - e com recursos garantidos – diga-se de passagem, pela ex-aliada e atual adversaria, senadora Kátia Abreu.
Pano rápido.
O que vai nos bastidores no entanto é uma sequencia do que contei aqui semana passada: Se Siqueira não sabia que Eduardo Siqueira Campos já não alimenta candidatura ao governo, agora já sabe.
O fato teria vazado numa conversa com prefeitos em sua casa. A cena que se seguiu foi a lá Siqueira. O ex-governador, conforme apurou o T1 Notícias, zangou-se em alto e bom som. E quem ouviu primeiro foi Nelson Torezanni, agora secretario de Relações Institucionais, dando sequência ao trabalho que Eduardo começou.
Mas a zanga de Siqueira, afirmam aliados, dura dois dias. No final, compreende e apoia tanto a visão estratégica como as decisões do filho. Ouvi de um prefeito dia desses: “Eduardo é quem mais entende de política e de estratégia no Tocantins. Afinal ele já nasceu nisso”.
“Então”, emendou outra fonte, desta vez um parlamentar da base palaciana, “deve estar cuidando disto”.
De Siqueira tudo se espera
A questão agora que causa dúvidas no front governista é se o ex-governador concordará com a candidatura de um novo siqueirista, ou se vai ele mesmo para a eleição no cargo de governador.
Explico: a velha guarda, como se sabe, resiste à Sandoval.
E Siqueira, para ser candidato a Senador, pode ter outra preferencia, que não o deputado que começou o mandato na oposição, há menos de quatro anos.
Que dá para costurar tudo com um final “feliz”, pouca gente duvida. Só que no meio do caminho tem Siqueira Campos.
Um homem que abriu mão do governo para viabilizar um projeto que pode estar fadado a não acontecer agora.
E vendo isto, pode ser que tenha mudado de planos.
Do jeito que está, é comum ouvir até onde menos se espera, que esta não foi a gestão para fechar com chave de ouro a biografia do fundador de Palmas, peça determinante na criação do Tocantins.
Até Amastha disse isso na belíssima carta que escreveu para se explicar para nós, endereçada a Salomão Wenceslau. Ele provavelmente recebeu. Nós com certeza, entendemos o recado....rs.
Boa semana!
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