Néris aponta grupo de Fátima Roriz como um dos que especulou preços de lotes em Palmas

O vereador Milton Néris confirmou ontem ao site Roberta Tum, as declarações que fez em sessão na última quarta-feira, 23, em que apontou o grupo empresarial, que comercializa área de propriedade de nove sócios, entre os quais a diretora das Organizaç...

A RCJI Empreendimentos Imobiliários, empresa criada com o fim exclusivo de comercializar os lotes de 240 metros quadrados da quadra 606 Norte, ou Arne 74, teria mais que dobrado, num intervalo inferior a dois anos, os valores dos lotes que disponibilizou na referida quadra, a título de especulação imobiliária. A informação é o do vereador Milton Néris(PR), ao Site Roberta Tum na manhã de ontem, 24, ao confirmar declarações feitas na sessão de quarta-feira, em que classificou a diretora das Organizações Jaime Câmara no Tocantins, Fátima Roriz, como uma das especuladoras que atuaria no ramo imobiliário dentro do Plano Diretor.

“Nós fomos acusados na primeira reunião pública, de estarmos a serviço da especulação imobiliária, por gente que é do mercado, e tem seus interesses”, disse Néris ao se referir aos proprietários da área, que são, conforme certidão de matrícula do Cartório de Registros: Fernando Iberê Nascimento Cruz (da Iparathy Imobiliária), Maurício de Campos Roriz, Fátima Regina de Souza Campos Roriz, Cristiano Roriz Câmara, Isabella Valadão Machado Câmara, Jaime Câmara Júnior, Maria Alice Roriz Câmara, André Roriz Jardim e Fernanda Ribeiro Marques Jardim.

Caução no valor de R$35 mil, comercialização a R$ 75 mil

No processo de regularização do loteamento, intitulado Flor do Cerrado, consta a avaliação dos lotes feita à época em que o grupo - que adquiriu a área em 2008 da Tecpar – apresentou à prefeitura de Palmas. O documento lista 30 lotes na QI 16 e 15 na QI 18 da referida quadra como caução, referente às obras de infra-estrutura que o loteador se obrigava a fazer antes de comercializar os imóveis. O total da caução é de R$ 1.579.500,00, e os lotes avaliados entre R$ 35 mil e R$4 36.700,00.

“Veja que em menos de dois anos, já que esta caução é de fevereiro de 2009, eles mais que dobraram os preços, pois os lotes foram comercializados na faixa de R$ 75.000,00. Isto não é especulação?”, indaga o vereador, para quem o grupo, que envolve diretores da OJC no Tocantins e em Goiás, tem interesses econômicos em se posicionar contra a expansão do Plano Diretor. No raciocínio explanado por Néris, a extensão dos limites do Plano Diretor além do Flor do Cerrado, desvalorizaria os imóveis alí localizados.

Localizada nos limites do Plano Diretor na região Norte, a área confronta com o Santo Amaro, setor ainda pendente de regularização, por ser uma ocupação irregular, sem nenhuma infra-estrutura.

“O que eu vejo é que não podemos ser acusados de favorecer a especulação, por gente que tem interesse em manter o Plano Diretor como está, e lucra com isto”, finalizou Néris.

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