“Este é um evento grande, que traz aí empresas de fora para virem comercializar livros, pagos pelo Estado (...) um evento que custa aí, fala-se em R$ 6 milhões. É até bom saber o valor correto, para não ficarmos aqui chutando”. Com estas palavras, o vereador Milton Néris usou o tempo destinado à sua pergunta para o secretário de Educação Danilo de Souza Melo, na manhã desta quarta-feira, 22 na Câmara Municipal, para questionar a realização do evento, da forma como é feita, e com os custos que são ventilados hoje na cidade.
A maior crítica de Néris é quanto ao gasto com a estrutura montada para a realização do evento, mas em sua fala, o ataque foi generalizado. “Eu quero ser um defensor da realização deste evento vereador, não só como secretário municipal de educação, mas como cidadão”, amenizou Danilo, logo em seguida, ao responder questionamento do vereador,sobre uma melhor aplicação destes recursos. “É difícil responder em tese vereador Milton. O que eu posso afirmar é que o município sempre foi parceiro deste evento, e vai investir este ano na compra de livros para os nossos professores também”.
Campelo defende
Aliado da base do prefeito Raul Filho (PT), o vereador Lúcio Campelo falou em seguida para também defender a realização do Salão do Livro. “Não considero esta soma de recursos alta para um investimento desta natureza. Nós temos é que ser favorável a este tipo de iniciativa”, disse. Após sua fala, passando pela tribuna de imprensa, Campelo disse que é oposição, mas não falará contra projetos que considera relevantes.
A vereadora Divina Márcia (PTN), também usou a palavra em sua fala para defender a realização do evento, e a necessidade de que uma estrutura adequada seja montada para recebê-lo. A mesma posição foi defendida pelo vereador Valdemar Júnior, líder da oposição, ao fazer uso do seu tempo de sabatina a Danilo de Melo. O vereador Fernando Rezende, por ter usado a palavra antes de Néris, não falou sobre o assunto.
Ao final da sessão, o vereador Wanderlei Barbosa (PSB), saiu em defesa do companheiro de bancada. “O que eu entendi da fala do vereador Milton Néris, foi que ele questiona o gasto com a estrutura”, afirmou. A tese dos aliados do prefeito, inclusive defendida em ocasiões anteriores por Néris, é de que o gasto com locação e montagem da estrutura de tendas de lona, seria suficiente para concluir o Parque do Povo, centro de convenções que está com as obras paralisadas. O entendimento é que a estrutura deste centro de convenções, uma vez pronta, poderia abrigar este e outros eventos em caráter definitivo.
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