O advogado Helder Barbosa protocolou junto a Segunda Promotoria de Justiça Civil de Colinas uma representação requerendo esclarecimentos sobre a venda da Fiesc – Faculdade Municipal de Colinas para o grupo Uniesp, também conhecido como Iesp, de São Paulo. Na representação, Barbosa pede ao Ministério Público Estadual que investigue supostas fraudes no processo licitatório e irregulares no contrato de compra e venda. O processo de licitação da Fiesc foi feito em novembro do ano passado e a venda realizada em dezembro.
Segundo informações de Barbosa, o grupo Uniesp não poderia ter participado da licitação por está irregular já que o nome da mesma encontra-se inserido na dívida ativa trabalhista e com duas punições do MEC - Ministério da Educação e Cultura por obter notas abaixo da média do Enade.
Na representação, o advogado alega que a venda da Fiesc foi feita de forma irregular e deve ser cancelada. Barbosa afirmou que nem mesmo a licitação atendeu aos critérios da Lei já que a vencedora estava impedida de participar do processo. “Já representamos contra a Fiesc no Ministério Público Estadual e estamos aguardando uma resposta, pois a faculdade já foi notificada e tem até o dia 12 deste mês para apresentar os documentos que comprovem a lisura da venda", informou o advogado.
Entre os documentos requisitados por Barbosa estão a cópia do processo licitatório, do contrato de venda da faculdade e cópia do pagamento das parcelas vencidas até este mês.
Sem explicações
Na manhã desta segunda-feira, 5, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Fiesc realizaram uma assembléia geral para debater os problemas envolvendo a venda da faculdade e o aumento das mensalidades. O presidente do DCE, Sydiney Alves de Sousa do Pam, informou que após a venda, a faculdade entrou em decadência. “Fizemos várias solicitações à faculdade sobre a venda, mas não tivemos retorno algum. Todas as mensalidades subiram mais de 100% e todos os alunos estão inseguros quanto ao nosso futuro por aqui, por isso estamos debatendo pra sabermos o que fazer daqui para frente”, declarou.
O presidente informou também que todos os cursos sofreram aumento nas mensalidades e que os alunos não tem como pagar o valor cobrado. “Nossa realidade é diferente de São Paulo, nós não temos como arcar com esse aumento de mais de 100 % nas mensalidades”. “O curso de Direito, por exemplo, a mensalidade era de R$ 523,00 e agora subiu para R$ 1156,00, é um valor que não se adéqua a nossa realidade. Se não reduzir, vamos parar de pagar no próximo mês”, ressaltou. Outra assembleia será realizada no turno da noite para discutir o mesmo assunto.
Tentando contato
O Site Roberta Tum tentou ouvir a diretora da faculdade, Marizete, para obter esclarecimentos sobre o assunto, mas todas as ligações foram encaminhadas para a caixa de mensagem. No telefone da instituição, as ligações não foram atendidas. Caso a diretoria queira falar sobre o assunto o espaço continua aberto.
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