Amigos, há dois dias circula pela cidade uma lista, em PDF, com nomes de militares que teriam sido indicados por políticos da base do governo que termina seu mandato em 31 de dezembro, para novas promoções.
É uma lista extensa, fotografada ao que tudo indica, no gabinete do governador - já que a impressão traz o cabeçalho de identificação de lá – e além dela, um ofício do ex-vice-governador do Estado, João Oliveira. Desde ontem o T1 Notícias aguarda resposta oficial do gabinete sobre a intenção de fazer novas promoções.
O ofício de Oliveira é mais gritante, pois está assinado e explicita o comportamento comum, mas longe de ser ético. Oliveira, que perdeu eleição para deputado federal (ficou na suplência de sua coligação) solicita entre 10 promoções, apenas uma dentro das normas legais (quando o oficial tem tempo de serviço e curso de aperfeiçoamento). Todas as demais são solicitadas “em caráter de excepcionalidade”.
Uma evidência leva a crer que a lista de promoções é verdadeira. O primeiro nome indicado por Oliveira, dia 14, foi atendido na lista publicada no dia 15. Na relação que circula para as próximas promoções seu nome já consta com a patente adquirida dia 15, e a indicação para mais uma promoção. Desta vez a Tenente Coronel.
Mas não se trata só do ex-vice, que renunciou. Ao todo, na lista enviada ao T1 Notícias, somam 325 nomes e patentes.
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Inconformado, Benício antecipou reserva
Com seu pedido de aposentadoria já encaminhado, o comandante da Reserva, Coronel Benício, pediu para antecipar sua saída.
É o que vimos publicado no Diário Oficial de terça-feira, 9. Não se sabe ao certo o que houve nas últimas 48 horas, pois o Diário Oficial desta quinta traz a informação de que o coronel permanece no comando até 31 de dezembro.
Prestigiado pelo governador Sandoval Cardoso nos pedidos que fez para a PM - Benício seria candidato a deputado estadual e recuou quando percebeu que o jogo era muito bruto – pode até ser que o coronel tenha aceitado ficar para não causar constrangimento.
O fato é que promoções em caráter excepcional, para atender a 325 pedidos políticos (deputados e aliados) – incluindo nomes que estiveram na lista de promoções de novembro – está causando muito desconforto.
Com um triste apagar das luzes, a gestão atual ainda tem tempo de evitar mais um ato ilegal e imoral, desta vez correndo o risco de conturbar de vez o ambiente dentro da Polícia Militar.
Atos assim causam revolta na tropa. Já basta que as primeiras promoções geraram insatisfação visível em diversos comentários nos perfis de oficiais no Facebook. Justamente pelos critérios nem tão republicanos de parte delas.
Resta-nos esperar para ver onde a irresponsabilidade terá limites.
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