Novo fôlego para Marcelo dentro e fora do PMDB

É deste final de julho a notícia de mais peso sob o ponto de vista do impacto nos bastidores da sucessão do governador Siqueira Campos.

Marcelo Miranda
Descrição: Marcelo Miranda Crédito: Lourenço Bonifácio

 

Publicada mais cedo no Conexão Tocantins, a resposta da consulta feita ao TRE pelo juiz Lauro Augusto Moreira Maia, sobre as condições de elegibilidade ou não de Marcelo de Carvalho Miranda, é um balde de água fria dentro das pré-candidaturas que já estavam na rua, pelo PMDB.

 

Mais do que isto, a resposta, que declara diante de certidões do TRE e TSE que o ex-governador está elegível até a presente data, provoca uma nova projeção no cenário para as eleições de 2014.

 

Até aqui, por força das diversas decisões e interpretações de decisões, o que circulava no meio político era uma descrença nas condições de Marcelo Miranda disputar o governo.

 

É certo que para registrar candidatura ao governo ou ao Senado, Miranda tem pela frente longos 12 meses. Nestes, muito pode acontecer envolvendo decisões judiciais nos processos movidos contra ele, ou que o envolvem diretamente, oriundos de ações que questionam atos administrativos ainda do seu último governo. Aquele interrompido pelo Rced.

 

O fato no entanto é que o rebuliço tomou conta das ruas. Na disputa interna do PMDB o efeito é imediato. Elegível, Miranda pode disputar o comando do partido. Sua “cisma”, no sentido de rompimento do Júnior Coimbra e seu grupo é notória.

 

Nos últimos dias, Coimbra teria tentado quebrar o gelo articulando para que Marcelo gravasse as pílulas a que o partido tem direito a nível nacional. Mesmo convidado, o ex-governador não foi à Brasília fazer a gravação. Continua avesso a qualquer aproximação com o deputado federal e presidente regional do PMDB, desde o desabafo de Laudecy Coimbra no Facebook.

 

Zé Augusto e Dito

 

Outra notícia de bastidores é que o empresário Dito da Petrolíder -  que está em plena atividade de construção de pré-candidatura ao governo, nas bases do partido pelo interior – vai gravar para o horário gratuito do programa.

 

É ele o nome que tem o apoio de Carlos Gaguim e seu grupo. Correndo em outra raia, José Augusto Pugliese, mais próximo de Coimbra, também trabalha para se colocar como alternativa. Se não ao governo, à vice, numa possível composição com os partidos com os quais o PMDB decidir formar bloco ano que vem.

 

Primeiro colocado

 

Nas pesquisas internas que tem sido feitas a título de consulta por partidos (e o PMDB tem a sua), Marcelo Miranda é disparado o favorito, quando se pergunta aos eleitores em quem eles votariam se a disputa fosse hoje.

 

Ele é seguido pela senadora Kátia Abreu, segunda colocada na preferencia do eleitorado. Esta posição de Kátia, a se manter, repete o quadro de 2010, quando ela era segunda na pesquisa e abriu mão de disputar para apoiar Siqueira Campos.

 

Ocorre que este é o retrato da cabeça do eleitor hoje. Daqui até junho do ano que vem, data das convenções, muita água ainda rola por baixo da ponte, como diria o matuto.

 

Neste fim de julho no entanto, não há o que duvidar: ganha fôlego o projeto de Marcelo e seu grupo de reaver o comando do governo do Tocantins. A despeito do fogo amigo e do fogo inimigo.

 

Nota da Editora: este artigo foi redigido com base numa interpretação errônea publicada na imprensa local. A inelegibilidade do ex-governador está mantida por duas decisões judiciais conforme matéria jornalística que pode ser lida aqui: Duas decisões judicias mantêm inelegibilidade de Miranda, afirma Klayber

 

 

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