O alarme e o alarde em torno das possíveis escolhas de Kátia Abreu

A publicação de que a senadora poderá assumir o PMDB e disputar o governo do Estado contra o grupo que apoiou em 2010 incendiou os bastidores. Quais as chances disso acontecer? mínimas, eu acho

Kátia ao lado de Dilma: expressão nacional
Descrição: Kátia ao lado de Dilma: expressão nacional Crédito: CNA/Divulgação

 

Desde ontem, quando circulou o Paralelo 13, jornal do amigo Edson, o famoso Nego Nen de Porto Nacional,  o buxixo tomou conta das rodadas onde se trata de política e sucessão estadual.

 

Tudo por conta de para onde vai Kátia Abreu e para disputar qual cargo...

 

A matéria fala da possibilidade de que Kátia vá para o PMDB e assuma candidatura ao governo do Estado ano que vem. Nitroglicerina pura, afinal a senadora apoiou Siqueira depois de ter – lá em 2006 - apoiado Marcelo Miranda numa dobradinha ao Senado, que tirou a reeleição de Eduardo Siqueira.

 

Não é novidade nos bastidores que o PMDB Nacional quer a senadora. Por vários motivos. Também não é segredo que Michel Temmer sondou lideranças do PMDB e convidou Kátia a filiar-se à legenda. Sua filiação implicaria também na entrega do comando da legenda a ela num momento em que o PMDB está dividido entre Marcelo, Reis e companhia de um lado e Júnior Coimbra, Gaguim, Dito e companhia de outro.

 

O comando da maioria dos diretórios no interior é de Coimbra. Que teria nos bastidores colocado questões digamos, práticas, para receber a filiação de Kátia Abreu e apoiá-la num projeto ao governo.

 

Longe de se tornar verdade

 

Ninguém sabe o que vem por aí nos próximos 35 dias, quando todas as mudanças partidárias têm prazo limite para acontecer. Mas pelas últimas falas que ouvi da Senadora, sua filiação ao PMDB está bem longe de tornar realidade.

 

O partido é complicado e Kátia sabe. Uma colcha de retalhos. Para fazer alianças não precisa sair do PSD. E por mais que seu nome desponte nas pesquisas como uma opção forte para o governo do Estado, quem convive com a senadora mais de perto sabe que sua preferência é pela reeleição.

 

A proximidade de Kátia Abreu com Dilma -  que lhe rendeu nos últimos dias farpas dentro dos setores mais radicais da Frente Parlamentar da Agricultura – projeta para a presidente da Federação da Agricultura do Tocantins um outro futuro. É ela a maior expressão nacional da política tocantinense, com preparo e articulação para ser ministra num eventual segundo mandato da presidenta Dilma Roussef. Esta, a despeito inclusive do fogo amigo, vai restabelecendo seus índices de aprovação.

 

De forma que se for para arriscar um palpite neste turbulento cenário de sucessão do governo Siqueira Campos podem anotar aí: Kátia Abreu não troca o PSD pelo PMDB. E trabalhará o quanto puder para ser senadora novamente. Desde que numa composição viável eleitoralmente.

 

Se causa tanto alarde e alarme entre governistas e oposicionistas saber para onde ela vai, é porque tem a força de pesar a balança a ponto de decidir uma eleição. Queiram ou não seus desafetos. 

Comentários (0)