O Ideb, os tablets e uma hora da conversa boa do prof. Danilo...

Os prometidos tablets que a Seduc garantiu entregar aos mais de 6 mil alunos que tiveram bons resultados no Salto devem chegar dentro de 30 a 60 dias, segundo o professor Danilo...

Descobri segunda à noite, participando da estréia do novo programa do jornalista Luiz Pires, via TVE,  algumas coisas boas (e outras nem tanto) sobre como está caminhando a educação no Tocantins.


O convidado era o secretario de Relações Institucionais do governo, Eduardo Siqueira, que deixou de participar segundo informações, por ter se deslocado à Brasília para passar o dia com a mãe, Dona Aureny, que fazia aniversário.


Danilo de Melo surfa na boa onda dos resultados do Ideb (que é um mix dos resultados da Prova Brasil, com os índices de aprovação das escolas). Ou seja: reprovar alunos, baixa o conceito da escola no Ideb. Pode?


Este foi o primeiro ponto de questionamento que fiz ao secretario: os professores são estimulados a “passar” o aluno mesmo que ele não tenha um mínimo de aprovação no ano?


Ele diz que não, mas que a escola tem que cumprir seu dever de ensinar. Atingir o objetivo que é o de levar à aprendizagem, e consequentemente, reprovar menos.


É uma lástima essa tendência que prega a aprovação como meta. Como se aprovação fosse aprendizagem. Mas vamos em frente que o nosso tema hoje é outro: a quantas anda a educação no Tocantins para além do bom índice atingido no Ideb, especialmente no nível médio.


A última prova foi realizada em novembro de 2009. Naquela época assumiu o então senador Leomar Quintanilha, sucedido depois pela sub-secretária de então, Suzana.


A prova de agora já pegou os resultados da aplicação dos polêmicos guias de aprendizado e de avaliação. São dois roteiros criados pela Seduc para orientar os professores. “Não dá mais para o currículo ficar tão solto que o professor entre na sala de aula, abra o livro de geografia e decida o que vai ensinar naquele dia”, simplificou o professor Danilo de Melo.


O fato é que os guias ajudaram a melhorar o Ideb. Perguntei se isso de certa forma não é uma fábrica de resultados.  O prof. Danilo respondeu que não. “Estamos substituindo a memorização pelo estímulo à capacidade discursiva do aluno”.


No decorrer da conversa, falamos das  obras de infra-estrutura em andamento no Estado, tocadas pela secretaria. “Eu teria que ter mais 50, mas falta mão de obra”, disse o secretario. Muitas escolas, na Zona Rural e em áreas indígenas estão em condições precárias, conforme admitiu Danilo.


A notícia boa, além da nota no Ideb, e nova, é que os tablets prometidos aos alunos que obtiveram melhores resultados no Salto, chegam de 30 a 60 dias. Uma adesão a uma ata do MEC permitiu a compra por algo em torno de R$ 274 reais, a unidade.


A promessa não foi esquecida e a cobrança, que tem sido insistente por estes aparelhos, parece estar no fim. Pelo menos é o que ficou de uma hora da conversa boa do prof. Danilo.

Comentários (0)