O sinal amarelo que acendeu na Unitins no começo da semana no final do debate, em que militâncias de Raul Filho e Cláudia Lelis partiram para o empurra-empurra na saída do auditório, avermelhou de vez ontem na Católica.
A equipe da vice-governadora atribuiu à “esperteza” da coordenação de Carlos Amastha, ter infiltrado militantes dentro do espaço reservado ao debate, causando constrangimento, interrompendo falas e até ameaçando com a presença física, numa violação das regras do debate.
A coordenação jurídica da campanha do prefeito reclama de ameaças de violência contra ele. Leandro Manzano foi ágil e, nessa manhã de quinta-feira, 22, protocolou no Comando Geral da PM, pedido de reforço da segurança. Na peça, transcreve áudios deixados em grupos de WhatsApp, com incitações à violência, inclusive com a recomendação de um militante, para que os outros andem armados e respondam a provocações à bala.
Do lado de fora do espaço reservado ao debate, as militâncias dos candidatos, impedidas de entrar, se confrontaram. Um grupo de militantes de Raul Filho conseguiu acesso à garagem para cercar o carro de Amastha na saída. A mesma situação foi vivida pela candidata Cláudia Lelis, que teve o carro cercado por adversários.
No momento de maior tensão, entre bombas de São João estouradas por militantes e o clima de extrema insegurança, a Polícia Militar agiu. Segundo o relato de uma candidata a vereadora, feito ao T1, até spray de pimenta foi usado, atingindo mulheres e crianças. Pessoas estiradas no chão, num palco de guerra e de confusão, compuseram o cenário final. Para uns a PM agiu a tempo de evitar coisa pior. Para outros se mostrou despreparada, atingindo inocentes.
Triste, lamentável o que se viu. Um confronto que, por pouco, não termina em tragédia.
Do jeito que as coisas caminham, não existem inocentes no purgatório, quem dirá no inferno que está armado e que pode terminar em morte, se os ânimos não forem desarmados por quem pode: os candidatos, os chefes, os líderes das campanhas.
Eleição não é guerra. Não pode ser. Ninguém precisa morrer por que meia dúzia de acéfalos incitam seus comandados a ir para a rua com “sangue no olho” atrás de destruir, literalmente, o adversário.
A disputa é no voto, tem que ser feita com inteligência e está marcada para acontecer em 12 dias. Serão dias cruciais, até por que não existe eleição decidida antes do dia 2 de outubro.
É preciso juízo, prudência por parte de quem comanda e de quem vive, nas ruas, esse processo como se fosse uma disputa de vida e de morte. Política tem que ser uma questão de vida. Uma coisa que melhore a vida das pessoas, senão perde o sentido.
Antevejo pela frente muita tensão, muito embate, torcendo para que seja de ideias. Apenas. Com um final positivo, que leve Palmas a avançar de onde está. Para trás, nunca mais!
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