O PR na encruzilhada entre Amastha e Kátia: uma escolha nada fácil de fazer

Nos bastidores o que se ouve é que o PR caminha para integrar oficialmente a base de Amastha em Palmas. De outro lado o senador trabalha para ter a senadora Kátia Abrei na sua chapa. Escolha difícil

 

A frase do presidente da Fieto em entrevista ao T1 Notícias na tarde desta quarta-feira, 29 é bem sintomática da divisão que acontece dentro do PP quando o assunto é discutir alianças para 2014.

 

“Eu disse ao Amastha recentemente que conheço a senadora Kátia desde que cheguei ao Tocantins e eu não brigo a briga dos outros”, disse Roberto Pires.

 

Amastha alimenta sempre que pode o desafeto que tem com a senadora e quer arrastar para a política partidária a extensão da disputa pessoal. Com o PP a reboque desta situação. A ponderação de Roberto Pires, às vésperas da reunião que o senador João Ribeiro promove em Brasília já sinaliza de que esta posição pode não ser consenso no PP.

 

O assunto aqui no entanto é o PR do senador João Ribeiro. Este, que já colocou o nome como pretenso candidato a governador para 2014 e trabalha para construir um grande bloco de oposição ao Palácio Araguaia.

 

João sonha em ter no mesmo palanque – ao seu lado – do PMDB, que tem Kátia Abreu até o PP que tem Amastha. Passando pelo PV de Marcelo Lélis. Pode ser um sonho difícil de se concretizar. Ainda mais quando se fala em PT, aliado preferencial do PP, que já construiu uma pré-aliança também com o PC do B.

 

É muita gente diferente, com ideologias político partidárias diferentes, no mesmo balaio.

 

PR caminha para integrar gestão de Amastha

 

Oficialmente não há quem confirme, mas nos bastidores é dado como certo o ingresso do PR na base do prefeito nos próximos dias. Inclusive com a esperada posse do vereador Milton Neris, que viu cair no TSE o impedimento à sua candidatura. Neris foi eleito vereador, mas teve o registro questionado lá atrás. Um problema prestes a se resolver.

 

O que o vereador e os demais aliados do senador João Ribeiro querem em Palmas, é ampliar a base em torno do projeto do presidente do PR no Estado.

 

Se caminha para aliar-se a Amastha e este – embora não seja candidato a nada em 2014 -  insista em se opor a estar na mesma aliança que a senadora, pode-se esperar pela frente outra guerra.

 

E o PR no meio da encruzilhada para decidir quem são seus melhores parceiros. Ribeiro, pela experiência política terá que colocar tudo na balança e decidir entre os votos e o discurso, entre o palanque dos sonhos e o palanque possível. Tudo isso com o componente local no meio. Uma escolha nada fácil de fazer.

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