Uma feijoada para 2 mil pessoas neste domingo, 15, no Cristal Hall, em Palmas, marcou a agenda política de encerramento de um ano pré-leitoral. Oposicionistas de todos os naipes se reuniram em torno da comemoração pelo meio século de Dona Dulce. Ela estava mais feliz do que nunca rodeada do carinho dos amigos e do marido, ex-governador Marcelo Miranda.
No clima de descontração que tomou conta do ambiente foi possível ver o quase esbarrão de Marcelo Lélis - que entrou primeiro - e Carlos Amastha, empenhados em cumprimentar os conhecidos. Cada um acompanhado de suas respectivas digníssimas. O prefeito aliás, numa indefectível camisa xadres (marca da campanha), chegou seguido também por Adir Gentil e Tiago Andrino.
De Ataídes Oliveira, pré-candidato a governador pelo Prós, a Paulo Mourão, virtual pré-candidato a deputado federal pelo PT e ex-secretário de Miranda, até a deputada Josi Nunes ou o ex-senador Leomar Quintanilha todos foram ao beija mão de Dulce. Agradável, querida, ela recebeu ainda as pequenas lideranças de comunidade, e o povo do interior.
É dela a responsabilidade de levar adiante em 2014 o capital político dos Miranda, expresso não só em pesquisas eventuais de opinião, mas nos comentários, nas expressões de apoio e na presença de lideranças de Norte a Sul do Estado que fazem sua corriqueira romaria pela antiga 41, onde moram.
A expectativa de poder em torno do casal Miranda é quase palpável. Quem vê não tem dúvidas de que sobram motivos para a preocupação alimentada pelo grupo palaciano, que se reflete a cada dia em novas investidas para deixar inviabilizada de vez as possibilidades legais de que Marcelo dispute.
Em Brasília no entanto cresce a corrente que defende que o ex-governador estará elegível no dia da eleição. E que portanto não poderia pagar a conta da inelegibilidade duas vezes. O que serviria para garantir judicialmente que ele dispute o governo.
O senão fica por conta da reunião da Litucera em Araguaína, que lhe rendeu condenação recente no TRE. Esta é que estaria pendente de solução.
Independente disto, ainda há a possibilidade do Senado, com a possível republicação da sentença Rced 698.
Seja como for, quem deseja o retorno dos Miranda ao poder têm muitas esperanças. Elas são alimentadas pelos que vêem nele ainda a liderança que se contrapõe ao estilo dos Siqueira, pai e filho, de administrar pessoas e governo.
Ex-prefeitos, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores ou ex-secretários, o time que lotou o Cristal Hall não era pequeno, nem insignificante. De alguma maneira o poder destes votos vai desaguar nas urnas ano que vem.
Este é o recado alto e claro que a curva de dezembro vai deixando no simbólico aniversário de Dulce.
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